sábado, 23 de julho de 2011

ESTUDO DO LIVRO DE APOCALIPSE


  Por  Alberto Maciel Carneiro 





“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras  da profecia e guardam as cousas nela escritas, pois o tempo está próximo.”
                        Apocalipse 1.3



SUMÁRIO




INTRODUÇÃO..............................................................................................05


Capítulo 13
             AS DUAS BESTAS..........................................................06

Capítulo 14
             OS 144.000 NO MONTE SIÃO........................................09

Capítulo 15
                OS SETES ANJOS DAS TAÇAS....................................13

Capítulo 16
             AS SETE TAÇA DA IRA..................................................14

Capítulo 17
             A VISÃO DE BABILÔNIA MÍSTICA................................16

Capítulo 18
             A QUEDA FINAL DA BABILÔNIA...................................18

Capítulo 19
             AS BODAS DO CORDEIRO:
             A BATALHA DE ARMAGEDOM.....................................20

Capítulo 20
             O MILÊNIO E O JUÍZO DO TRONO BRANCO..............23

Capítulo 21
             NOVO CÉU, NOVA TERRA E
             A NOVA JERUSALÉM....................................................26

Capítulo 22
             A NOVA JERUSALÉM....................................................28


CONCLUSÃO..............................................................................................30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................31
















INTRODUÇÃO


O Apocalipse é o livro da Bíblia que mais atrai pessoas para sua leitura e estudo sobre o assunto. Mas ao mesmo tempo que atrai, afasta. A culpa não é dele, porque foi escrito para consolar e dar certezas, e não para gerar confusões. O Apocalipse é um livro inspirado que serve para edificação dos crentes, assim como Mateus também o é. A diferença, dele é simbólica, porque usa o recurso da linguagem apocalíptica, que era cheia de imagens, de figuras, as quais eram utilizadas com a finalidade de ilustrar o ensino e ao mesmo tempo esconder a verdade, em forma de enigmas, dos inimigos perseguidores.
Não devemos esquecer que o Apocalipse é um livro atual, porque fala também de nossa época e para nossa situação no final do século 20. Não devemos ter receio de penetrar em suas verdades e tirar as lições para o nosso viver diário. Devemos levar em conta que o livro foi escrito para um grupo definido de crentes que estavam passando por problemas difíceis de perseguição, confisco de bens e morte. O livro teve um efeito indescritível sobre suas vidas, renovando suas forças para enfrentar o desafio da fé.
Muitos não gostam de ler o Apocalipse, porque o acham difícil, cheio de imagens incompreensíveis. Durante este estudo, veremos do capítulo 13 ao capítulo 22 do livro do Apocalipse. Pois estudamos no último semestre do capítulo 1 ao 12. E como trabalho, iremos fazer uma análise dos demais capítulos. A intenção e que contribua para melhor entendermos e nos dar maior segurança diante das grandes questões acerca do futuro.
Contaremos com a ajuda do Espírito Santo para nos ajudar a entender aquilo que ele mesmo inspirou.










Capítulo 13

AS DUAS BESTAS


O Apocalipse é tal qual uma carta enigmática em que símbolos e figuras precisam ser decifrados. A partir do capítulo 13, o apóstolo João utiliza a linguagem extraída da profecia de Daniel 7, referindo-se a duas bestas: uma que procede do mar e a outra da terra. Do mar procede o poder político; da terra procede a corrupção do poder espiritual.
As bestas do mar e da terra são manifestações temporais, na época de João, dos poderes do mal. O dragão é uma espécie de figura espiritual maligna e as bestas são figuras humanas na forma de um Estado e organizações religiosas corruptas. A besta do mar é horrível, lembrando as imagens de Daniel 7.2-7. Daniel usou quatro bestas, enquanto João juntou as quatro imagens numa besta só, para simbolizar o Império Romano. As sete cabeças (13.1) simbolizam os sete governadores das Províncias (17.10).
As bestas encontram-se a serviço do dragão (Satanás) que, derrotado por Miguel, o anjo-guerreiro, e seus seguidores, foi lançado “à beira-mar”, a linha demarcatória que indica a verdadeira moradia do inimigo “o abismo”, onde encontra-se preso e impotente.


A Besta do Mar (Ap 13.1-10).
No presente texto, João usa a palavra para descrever a “figura sombria do Anticristo”. Esta Besta será uma pessoa e não apenas uma personificação do mal, ela é chamada “besta”, porque do ponto de vista divino de observação é o que ela é. A passagem fala claramente de uma pessoa, pelo uso do pronome “ela” (Ap 13.4; 17.11; 19.20).
Ele será o monstro mais hediondo que o mundo já conheceu; somos forçados a crer que ele tenha duas nacionalidades: uma romana e a outra judia. Semelhantemente, ele exercerá suas atividades em duas capitais: (Roma - centro político) e (Jerusalém - centro religioso).  
O “Anticristo” (1 Jo 2.18), a pessoa, deve ser discriminada dos “muitos anticristo” e do “espírito do Anticristo” (1 Jo 4.3); o que caracteriza todos eles é a negação da encarnação do verbo (a palavra), o Filho Eterno, Jesus, como o Cristo (Mt 1.16; Jo 1.1), os “muitos anticristos” precedem e preparam o caminho para o Anticristo, que é a Besta que “subiu do mar”, ele será o último chefe político, como o falso profeta (a segunda Besta) de Ap 13.11 e ss; 16.13; 19.20 e 20.10, será o último chefe religioso.
Seu nome demonstra que ele será a antítese do verdadeiro Cristo: Jesus é o Justo, ele será o iníquo; Jesus, ao entrar no mundo disse: “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9), do Anticristo está escrito que ele fará conforme a sai vontade (Dn 11.36). O Senhor Jesus é o Filho de Deus, ele será “o filho da perdição” (2 Ts 2.3); seu governo será segundo a eficácia (energia, ou operação interna) de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira...”



A besta que saiu da terra (Ap 13.11-18)
A palavra grega “therion” que é empregada para indicar a primeira Besta, é exatamente a mesma palavra empregada para descrever a segunda Besta que “subiu da terra”. O fato de a mesma ter “dois chifres” semelhante de um cordeiro, representa simuladamente um aspecto de docilidade e mansidão, porém, essa forma sútil de engano será desmentida porque seu falar a denuncia é a voz do dragão. Em outra significação do pensamento, o chifre é símbolo de poder físico, moral ou real, e os dois chifres da Besta nesta secção representam a combinação de rei e profeta. Esses “dois chifres” também podem falar do poder combinado de regiões naturais (Israel: centro relioso e Roma: centro político). Sua autoridade abrange 2 reinos (religioso e político).
A primeira Besta (o chefe político) é descrita como tendo saídado mar (que simbolicamente representa ao povos em estado de inquietação: Lc 21.25; Ap 17.15). Isso indica aparecimento no início da Grande Tribulação quando tudo ainda se encontra num verdadeiro caos estado de confusão. A segunda porém, emerge da terra (que simbolicamente pode representar já um estado de tranqüilidade, embora simulada, para os súditos da Besta). Alguns intérpretes acham que o “mar” (13.1) representa todas as nações gentílicas, enquanto que “terra” (13.11) representa a nação de Israel. O simbolismo é muito lógico.
O caráter múltiplo deste “falso profeta” é previsto por nosso Senhor. Em sua última descrição sobre os “últimos dias” ele declarou: “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos” (Mt 24.11,24). É de lamentar ver como neste livro vemos homens adorando o dragão (13.4); à Besta (13.15). No campo profético. Segundo se depreende, estes versículos dão a entender que o falso profeta contará com meios para promover e forçar a lealdade dos homens ao Anticristo. O leitor deve observar bem a frase “faz” e verá que a adoração à Besta naqueles dias, não só será voluntária, mas de um modo particular isso será forçado.
O Anticristo promoverá a mais terrível perseguição religiosa de todos os tempos. O seu falso profeta (a segunda Besta) será o homem certo para encabeçar essa perseguição sem precedente na história humana. Historicamente falando, isso já acontecia nos dias de João. O culto do imperador era uma das formas de testar, os cristãos; quando esses recusavam a adorá-lo, simplesmente morriam sem misericórdia. Profeticamente falando, isso também acontecerá naqueles dias sombrios.
Esse falso profeta do anticristo procurará em tudo imitar os profetas do Senhor. Talvez por motivo de que uma das testemunhas escatológicas ter vindo “no espírito e virtude de Elias” (Lc 1.17 e Ap 11.5). ele também procurará imitar esse grande profeta do Antigo Testamento. Como o falso profeta ele somente se encontra com o anticristo. Os dois escravos de satanás são inseparáveis. O dragão dará seu poder externo à primeira Besta (13.2) e seu espírito à segunda, pois fala como dragão (13.11).
O número de um homem, 666. A palavra Anticristo não aprece em Apocalipse, só vem na prímeira epístola de João 2.18-22. Quem prejudica a obra de Cristo é um anticristo, mas virá o Anticristo. O prefixo anti quer dizer contra e em lugar de. O que há de vir será espiritualmente contra Cristo e publicamente quererá aparecer como se fosse o próprio Cristo. O Sinal da Besta (13.16) será uma coisa visível para identificação, uma marca, distintivo ou coisa semelhante talvez impresso ou tatuado em cada pessoa. Quem não for partidário ou devoto da besta sofrerá toda sorte de impedimento e restrição.
A expressão “todos” no versículo 16 é dividida em diversas classes: “...pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos”, para indicar a absoluta “universalidade” do poder do Anticristo, de tal modo que nenhum homem, de qualquer posição ou nível social, possa escapar aos seus desígnios. O homem mau sempre tem um sinal. O Sinal sempre tem conotação com o mundo religioso. Caim, após ter morto seu irmão Abel, recebeu um sinal: (“Õth” - marca distintiva); este lhe assegurava a proteção e ao mesmo tempo impunha respeito e extremo terror (Gn 4.150. O Anticristo sabe que para Israel o aceitar como o seu “messias”, exige primeiro um sinal (Êx 4.1; Jo 4.48; I Co 1.22) e que o verdadeiro Cristo tem em seus fiéis um sinal (Ez 9.4,6; Ap 7.1; 14.1-5), ele também como audacioso procurará imitar a Cristo até na religião (2 Ts 2.4) e quando tudo estiver sob seu controle, então ele atingirá o máximo da apostasia “...de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo ser Deus”.
O número 666 denota uma pessoa específica, e sua identificação deve ser descoberta em alguma espécie de cálculo numérico, mediante o qual o número pe transformado em um “nome”. De acordo com a numerologia pitagoreana, o “666” é o chamado número triangular.
O número “666” é o número de “um homem mal”, sendo a unidade de “6” impressa sobre ele em sua sobre ele em sua criação e em sua história subseqüente.
“É o número de um homem”, porém cremos que ninguém pode identificar o anticristo agora. Muitos dizem que é o Papa, porque tomou o lugar de Jesus Cristo na terra, e muitos títulos e distintivos que adota têm, nas letras latinas, este valor. Mas não ousamos dizer que é o Papa. O Anticristo é um só, e o Papa vem numa série ou sucessão, tem havido muitos.
Um personagem que mais se ajusta a este número é Nero César, que foi imperador romano, porém, não temos coragem de afirmar que é ele. Quando se manifestar o Anticristo, nós, os crentes, não estaremos neste mundo, não precisamos saber exatamente quem é.   































Capítulo 14

OS 144.000 NO MONTE SIÃO



O Cordeiro sobre e os 144.000 no Monte Sião (v.1-5).
A palavra “Sião” significa “monte ensolarado”. O monte Sião também é identificado com a Jerusalém “lá de cima” (Gl 4.26), e com a cidade de Deus nos céus (Hb 12.22)”. A cidade de Davi era Jerusalém (1 Rs 8.1). O templo foi edificado no monte de Moriá; o palácio de Davi, no monte Sião. Portanto, Sião se tornou o lugar escolhido como a sede dp reinado de Cristo durante o Milênio (Is 2.3,17).
Novamente há aqui uma sobre os 144.000 vistos no capítulo sétimo deste livro. Durante a Grande Tribulação, esse grupo de assinalados são comparados “orvalho” ou “chuviscos”, e no Milênio. No capítulo 12.10, João ouve uma grande voz (“no céu”); nesta secção poré,, ele ouve uma voz (“do céu”). Evidentemente, ele não está no céu e, sim na terra. A visão, trata-se, pois, de uma antecipação: o Cordeiro, na segunda vinda ou “parousia”, reunindo o grupo já mencionado no capítulo 7.4-8. São eles os 144.000 israelitas selados em suas frontes, preservados vivos, durante a grande Tribulação, agora o Senhor os reúne no monte de Sião. Neste versículo é descrita a natureza do selo: tinham em suas testas o nome do Cordeiro e o de Seu Pai.
Segundo o Dr. J. Davis, os primeiros frutos colhidos, penhores das futuras messes, pertenciam ao Senhor. Assim também, os 144.000 são as “primícias” dentre os israelitas comprados para Deus e para o Cordeiro.
Não devemos nos esquecer de que os 144.000 regozijam-se porque foram “comprados dentre os homens”. Temos a frase dupla “comprados da terra” (um lugar pecaminoso) e “comprados como primícias” (os primeiros). Algumas versões dizem: “comprados” ou “resgatados” em lugar de “redimidos”.
Os 144.000 são todos novas criaturas, e por este motivo entoam “um novo cântico” ao Cordeiro que os resgatou.
No presente texto, os 144.000 foram também aceitos como os primeiros exemplares a aceitarem o testemunho de Cristo, por cuja razão são contados como “primícias”, e “seguidores” do Cordeiro para onde quer que vai.
A dignidade destes 144.000 já se encontrava profetizada nas páginas áureas da Bíblia Sagrada, (Sf 3.13), que diz: “O remanescente de Israel não cometerá iniquidade, nem proferirá mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa”. Os 144.000 serão assim. Eles não “negarão” a Cristo; não concordarão com a fraude do culto do Anticristo. Eles se manterão puros de toda idolatria e imoralidade. “Serão nazireus completos para Deus no tocante à sua relação com o mundo”.
Visão do anjo com o Evangelho eterno (v.6-7).
Deus nunca se deixou a si mesmo sem testemunho (At 14.17); Ele é o Deus que “nunca muda” (Ml 3.6), e durante o tempo da Grande Tribulação levantará um grupo de pecadores do “Evangelho do Reino” que com grande poder darão o seu testemunho.
Podemos observar como a mensagem do Evangelho é progressiva em suas várias manifestações ao mundo, e em qualquer época: - simplesmente “Evangelho” (Macos 1.15). “O Evangelho de Cristo” (Rm 1.16). “O Evangelho de Deus” (Rm 1.1). “O Evangelho de Jesus Cristo” (Mc 1.1). “O Evangelho do Reino” (Mt 4.23). “O Evangelho da graça de Deus” (At 20.24). “O Evangelho de seu Filho” (Rm 1.9). “O Evangelho da glória de Cristo” (2 Co 4.4). “ O Evangelho da vossa salvação” (Ef 1.13). “O Evangelho da paz” (Ef 6.15). “O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Ts 1.8). “O Evangelho Eterno” como é visto no versículo 7 e no anterior. Em todas as formas apresentadas nas notas expositivas do versículo seis e ss, o evangelho é “um só” (Gl 1.6-9). Em qualquer época o Evanfelho pode ser chamado de “pro tõn aiõnõn” (desde a eternidade), isto é, “as boas novas da época”, com este sentido, o termo se acha mais de 25 vezes em o Novo Testamento. Este Evangelho é eterno no plano de Deus, desde a fundação do mundo.
É evidente que esse Evangelho é uma “boa nova” tanto para Israel, como para todas as nações, como mensagem precursora para o Reino Milenial (Mt 3.2,3).
Previsão da queda da Babilônia (v.8).
O que é detalhadamente no capítulo 18 deste livro sobre a grande Babilõnia, é antecipado pelo anjo de Deus no presente versículo. O anjo estabelece a sequência deste acontecimento com grande poder, e ainda pelo duplo clamor: “Caiu, caiu Babilônia” (Ap 14.8). “No Antigo Testamento, muitas vezes a cidade de Babilônia é tomada como símbolo de todos os inimigos do povo de Deus. Era chamada de “Babilônia, a grande”, porque era a cidade do poder, da riqueza, da cultura, do orgulho e da grandeza humana”.
Destino dos adoradores da besta (v.9-12).
Nos dias da Grande Tribulação, o Anticristo, que será o paralelo profético dos imperadores babilônicos, e romanos, adorados no antigo culto, será adorado pelos habitantes do mundo, no período determinado de 42 meses. O falso profeta, que é a Besta que “subiu da terra” (13.11), é quem dirigirá esse culto. O poder e a ira de Deus, porém, fará tudo isso chegar ao seu fim, pelo zelo da sua palavra que disse: “Só ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Este versículo encerra a quarta visão deste capítulo, e a voz do anjo proclamador, apresenta uma contra-ordem divina ao edito da Besta que os homens não recusassem a adorar a imagem, sob pena de morte (13.15,16). A advertência divina é essa: quem for tragado pelo engano da Besta; também tragado será pelo ardente lago de fogo!
 Nestes versículos o castigo eterno dos adoradores da Besta é descrito na linguagem  medonha. “O fogo e o enxofre” então em foco! Fogo e Enxofre são símbolos de terrível angústia (Is 30.33). “Enxofre”, diz W. Newell, “é uma substância por demais terrível... em sua ação sobre a carne humana em tormento ao tocar o corpo. Combinado com o fogo, é agonia absoluta, angústia inexprimível! E é este o seu propósito, pois será a imposição ilimitada da vingança divina”.
Jesus falou do castigo eterno dos perversos (Mt 25.46), e advertiu acerca do inferno de fogo, onde “o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.46.48).
A bem-aventurança (v.13).
No Apocalipse há sete “bem-aventuranças”. Esta é a segunda delas (1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14). A primeira está em Ap 1.3. Elas se origina de uma palavra grega que significa “riqueza”; no versículo 13, ela além de outros sinônimos, significa: “ser feliz”, ser “bem-feliz”, ser “bem-sucedido”, etc. O Senhor Jesus em o “Sermão da Montanha” falou das “bem-aventuranças” e dos “Bem-aventurados”. No Antigo Testamento, o conceito de ser “bem-aventurado” era apenas ser “feliz”. O Novo Testamento, porém, elevou essa palavra, dando-lhe o sentido de “felicidade espiritual”. Com base no bem-estar espiritual.
A visão do Armagedom (v. 14-20). 
João identifica o Ceifeiro celeste como sendo o Senhor Jesus Cristo. “Sentado em uma nuvem branca está o Criador de todas as nuvens, Fazendo dela sua carruagem, ele parte para sua tarefa sombria. O sentar-se a nuvem do juízo sugere “calma e deliberação”. Sem pressa: o Ceifeiro sega sua colheita”.
Cremos que a pessoa do Pai está em foco nesta passagem (v.15). Um anjo comum teria dado ordem ao elevado poder da nuvem branca (Hb 1.4 ss). A “seara da terra” diz respeito a Israel e não as “nações gentílicas”; enquanto que a “vinha da terra”, diz respeito aos gentios e não Israel.
No momento exato, de acordo com o conhecimento do Pai, começará a colheita. O grego nesta passagem diz, literalmente, “secou”, o verbo “zeraino” é usado para indicar “estar maduro”. O Fato de estar seca a seara parece, na nossa concepção, traduzir um certo “atraso”, mas o sentido realmente não é este. Lembremos que Jesus disse aos seus discípulos: “Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já está o brancas para a ceifa” (Jo 4.36). Nos dias de Jesus na terra já havia chegado o “tempo” mas faltava a “hora”. A misericódia divina esperou pacientemente por essa “hora”. O segundo advento de Cristo começará, sobre a terra, quando for lançada a “foice”. Por assim dizer, será o provável começo deste acontecimento. O juízo da ceifa pode ser o Armagedom. Isso se dará, no fim da presente era.
Haverá tanto “corte” como o “recolhimento” do joio. Temos o quadro duplo da colheita e da vindima, segundo Joel 3.13, que diz: “lançai a foice, porque já está madura: vinde, descei, porque o lagar está cheio”. Esses versículos (14-20), apresentam um quadro profético da grande guerra no vale de Armagedom (Is 63.16; Jl 3.11-16).
No juízo executado, pelo do templo, são colhidos “os cachos da vinha da terra”. Nesta passagem (v.18), vemos os “ímpios” amadurecidos para o juízo de Deus. É o Armagedom em cena (Gn 49.9; Is 63.1 e ss; Jl 3.13 e ss; Zc 14.1 e ss; Ap 19.11 e ss). A expressão “vinha da terra” abrange todo o sistema religioso na visitação vindoura da ira de Deus.
Quão terrível será esse julgamento no fim da presente era, é ilustrado pelo fato que o suco das uvas se transformou em “sangue”. As “uvas” (os ímpios) serão lançados no lagar, e assim terá início a grande matança provocada pela ira divina. Esta descrição refere-se ao momento quando o Senhor Jesus iniciar a grande batalha na região sul da terra Santa, especialmente nas fronteiras de Edom e sua capital (Is 63.1). Ao romper da aurora ele escerá ao vale com rapidez da imaginação (Is 13.10; Zc 14.6-7; Ap 19.11 e ss.). Seu primeiro contato na terra será no monte das Oliveiras (Zc 14.4). A partir desse local seguirá para o extremo sul da Palestina e começará a “posar o lagar”; dali, para o monte Hermom no extremo (Sl 29; Is 63.1-6).
Durante a dispensação da graça, Cristo tem em seu coração “o dia da salvação”. Isso é ilustrado em Lucas 4.19 quando lendo a passagem de Isaías 61.2, Jesus parou na frase: “...o ano aceitável do Senhor”, omitindo assim “...o dia da vingança do nosso Deus”. Mas esse dia terminará com o arrebatamento da Igreja, e logo a seguir virá “o dia da vingança” (Ap 6.17).
Quando o filho de Deus veio a este mundo “...para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta - de Jerusalém” (Hb 13.12), aqui agora, também, sua grande vitória será fora de suas portas. Jerusalém é a cidade em referência nesta secção. O vale de Armagedom fica fora de suas portas.
Lagar é um nome profético de Armagedom. Nome que se dá a grande planície que estende-se pelo meio da Terra Santa, do Mediterrâneo ao Jordão. O Dr. Clarke escreve: “Desde Nabucodonozor até ao avanço de Napolião até a Síria, essa Planície foi sempre escolhida como acampamento dos exércitos, Judeus, gentios, sarracenos, cruzados, egípcios, persas, drusos, turcos e outros povos armaram ali suas tendas de campanha e deixaram molhar suas bandeiras pelo orvalho do Tabor e do pequeno Hermom”.
A Besta irá para o vale do Armagedom, por uma circunstância sobrenatural, ao contemplar fisicamente Jesus descendo sobre o céu da Palestina (Mt 24.30; 26.64; Ap 1.7). Apavorada com as manifestações divinas simultâneas com a vinda do Senhor, a Besta “fugirá” para Armagedom, e ali, portanto, pois, uma grande conflagração e mortalidade, cujo desenlace será, provavelmente, naquele monte e no extremo vale do ocidente do Jordão.
Sangue... até aos freios dos cavalos. Literalmente falando, cada ser humano é portador de 5 litros de sangue e, um cavalo de 18 respectivamente. Então, teríamos aí (quatro bilhões e seiscentos milhões) de litros de sangue aproximadamente. 1.600 estádios corresponde a 296 quilômetros, tendo o estádio 185 metros. Não teríamos dificuldade em aceitar a interpretação literal desse número, pois se trata de uma medida de extensão e não de área. Outros, porém, aceitam como linguagem simbólica testificando do terrível morticínio dos ímpios quando o Senhor os pisar em sua fúria. Seja como for, a derrota dos ímpios está prevista e a vitória de Cristo determinada!(Isaías 63.6).












































 Capítulo 15



OS SETES ANJOS DAS TAÇAS



João, depois de descrever as sete visões do capítulo 14, relata depois cenas no derramamento das sete taças. Por meio desses sete julgamentos, os quais serão os últimos, será derrubado, para todo o sempre, o reino do Anticristo e tudo preparado para a vinda do verdadeiro e eterno Rei.
Os sete últimos anjos de ira (v.1).
O céu está pasmado com outro grande e admirável sinal; sete anjos têm as sete pragas, literalmente, “golpes”. Serão sete golpes mais tremendos e vastos do que qualquer que caiu ao abrir os sete selos ou ao soar as sete trombetas. E nelas é consumado a ira de Deus.
O cântico de Moisés e o cordeiro (v. 2-4).
Antes de começarem as sete últimas pragas, João viu, no céu, os que saíram vitoriosos da besta e da sua imagem e do seu sinal, e do número do seu nome. Como a nação de Israel, em pé na  praia do mar Vermelho, entoava o Cântico de Moisés (Êx 15.1-20), ao contemplar os milhares de egípcios mortos nas areias aos seus pés, assim João os vencedores da carnificina e martírio, promovidos pela Besta (Ap 13.14-18), salvos, em pé, na praia do mar de vidro (4.6) no céu. Mas, em vez de cantarem somente o Cântico de Moisés, acrescentaram o Cântico do Cordeiro, por Seu livramento da Grande Tribulação.
O Santuário nos Céus (v. 5-8).   
Que o escritor volta aqui, no v.5, para reassumir o fio da história que deixava no capítulo 11.19, é evidente com a leitura de novo desses dois versículos. Isto é, João, depois de inserir as visões dos capítulos 12, 13 e 14, volta para continuar o que começara a relatar sobre o anjo ao tocar a sétima trombeta (11.15).
A Moisés foi ordenado, ao construir o tabernáculo no deserto: “Atenta pois que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Em Hebreus 9.23, refere-se às coisas do tabernáculo, como “as figuras das coisas que estão no céu”. É desse templo, d tabernáculo do testemunho... no céu (v. 5), isto é, do Santo dos Santos no céu, que saem as taças fervendo da ira de Deus. A retribuição de Deus, portanto, que arderá como nunca contra a iniquidade do mundo, será inteiramente justa a perfeitamente santa.
E o templo encheu-se com o fumo da glória de Deus e do seu poder (v. 8): O fumo é símbolo da santidade de Deus em conflito com o pecado dos homens, como um fogo de indignação justa abrazando e ao ponto de a qualquer momento, romper-se em chamas de julgamento sobre a humanidade. Quando o tabernáculo e o templo foram dedicados (Êx 40.35; I Rs 8.10,11), ninguém podia entrar no santuário por causa da nuvem de glória. Mas aqui, na véspera do derramamento das sete taças, ninguém entra por causa da nuvem espessa e sombria da ira de Deus no Santo dos Santos no céu.





Capítulo 16

AS SETE TAÇAS DA IRA



Chegamos enfim para considerar a última série de juízos, as taças da ira de Deus. Os selos representam a abertura dos propósitos e conselhos secretos de Deus; as trombetas, os atos de Seu juízo, as taças, o derramamento de Sua ira. As taças são os últimos dos juízos sobre a terra; nelas é consumada a ira de Deus (15.1).
A Voz do Templo no céu (v. 1).
É do templo, no qual a multidão inumerável de mártires servem a Deus de dia e de noite (7.15), que se enviam os anjos para destruir completamente o reino de sucesso fabuloso, magnífico, próspero, moderno, mundial, deslumbrante... o do Anticristo. Esse templo, que Deus queria que fosse “chamado por todas as nações casa de oração” (Mc 11.17), torna-se-á, no tempo das taças, a côrte de julgamento dos inimigos de Deus.
Faraó, com o coração endurecido cada vez mais, só deixou Israel sair do Egito depois de receber golpe sobre golpe da mão de Deus. Na mesma maneira, o Anticrito abandonará o seu domínio diabólico sobre o mundo, depois de sofrer as mais gravíssimas pragas, uma após outra.
A primeira taça: Chagas malignas (v. 2).
O pecado no reinado do anticristo naturalmente resultará em grande aumento de doença de doença. Mas a isso será acrescentada a maldição de Deus; uma chaga cruel e maligna sobre os homens.
No Egito, Moisés e Arão, diante dos olhos de Faraó, espalharam para o céu cinzas do forno, as quais se tornaram em pó miúdo sobre toda a terra do Egito (Êx 9.9). Esse pó, então, se tornou em sarna que se manifestou em úlceras nos homens e no gato. Mas a primeira taça da ira de Deus será derramada sobre toda a terra, a qual resultará em uma má e maligna nos homens que têm o sinal da Besta. Os adoradores da Besta, na véspera de serem lançados no inferno, terão de começar os seus indescritíveis sofrimentos já aqui na terra.
A segunda taça: O mar torna-se em sangue (v. 3).
No Egito, na primeira praga, todas as águas do rio Nilo se tornaram em sangue, os peixes no rio morreram, o rio cheirou mal e houve sangue por toda a terra (Êx 7.19-24). No tempo da sétima trombeta, a terça parte do mar ternar-se-á em sangue, como de um morto. E morreu no mar toda a alma vivente;  os inumeráveis bilhões de criaturas no mar morrerão e ficarão boiando em sangue - uma horrenda massa de corrupção apodrecendo, em testemunho da ainda mais horrenda massa dos homens, que se desfaz na corrupção do pecado e vício.
A terceira taça: Os rios tornaram-se sangue (vs. 4-7).
Deus, em perfeita justiça, derramará  a Sua santa ira, no tempo da terceira taça, dando sangue a beber aos que derramaram o sangue dos santos. Será uma das mais horrendas pragas quando então os homens e os animais terão somente sangue para beber.
A quarta taça: Grande Calor (vs. 8,9).
Na quarta taça o calor do sol aumentará até queimar os homens como fogo. No Egito, quando tinham de confessar que as pragas eram de Deus (Êx 8.18,19), os egípcios, em vez de se arrependerem, endureceram os corações. Da mesma maneira os súditos do Anticristo, depois de reconhecerem que a praga é de Deus, não se arrependerão para Lhe darem glória.
Nota-se como as primeiras taças seguem o curso das quatro primeiras trombetas. Porém, não são idênticas, nem paralelas. Os Juízos das trombetas, embora como os das taças, caíam sobre a terra, mar, fontes, rios, sol, lua e estrelas, contudo foram limitados, cada vez, à “terça parte”. Mas não há limite nos juízos das taças; eles varrem tudo. Além disso, vê-se que as trombetas e as taças não idênticas pelo fato da quarta taça estar em contraste com a quarta trombeta em seus efeitos.
A quinta taça: Trevas (vs. 10,11). 
Na quinta praga os homens estarão mergulhados em horrendas trevas. Sofrerão os horrores dos egípcios nas trevas espessas que se apalpavam (Ê x 10.21-23), e, ainda mais, morderão as suas línguas de dor, por causa das chagas e sofrimentos que resultaram das primeiras quatro pragas.
A sexta taça: A seca do Eufrates (v. 12).
Deus já fez secar o mar Vermelho. Fez secar, também, o rio Jordão em tempo de enchente. Vai fazer secar ainda o Eufrates, o grande rio de 2.165 km de comprimento, de 3 a 10m. de profundidade e de 200 a 400 metros de largura. O leito desse rio, que sempre serviu como barreira entre o povo da Palestina e seus inimigos, uma vez seco, tornar-se-á em estrada para o ajuntamento dos exércitos do mundo para a última grande batalha. Compare Isaías 11.15.
Os três espíritos imundos (vs 13-16).
Há um parêntesis entre o sexto e o sétimo selos. Há outro, também, entre a sexta e a sétima trombetas. E há ainda outro entre a sexta e a sétima taça; da boca da trindade satânica sairão três espíritos imundos com a missão de iludir e incitar os reis de todo o mundo para uma última e decisiva rebelião contra Deus, uma guerra mundial, a batalha de Armagedom (C. 19.11-21). Vê-se que a guerra é o inferno, que a guerra é infernal, e que a guerra povoa o inferno.
A sétima taça: Terremoto e chuva de pedras (vs. 17-21).
A sétima taça é derramada no ar, como se fosse para  purificar a atmosfera das “hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Efésios 6.12), a qual está dominada pelo “príncipe das potestades do ar” (Efésios 2.2).
Ao derramar-se a sétima taça, saiu grande voz do templo... dizendo: Está feito. Será o último juízo da ira de Deus contra a Anticristo e seus súditos na terra. Haverá o maior terremoto de todos os séculos. É predito em Zacarias 14.4,5. A terra toda o abalo; fender-se-á a grande cidade, isto é, Jerusalém, em três partes. Cairão as cidades das nações, Rio de Janeiro, Paris, Nova York, Lisboa, Londres, etc. Deus lembrar-se-á especialmente de Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho da sua ira. Enquanto a terra cambaleia, cairão do céu, sobre os homens, pedras do peso de um talento (Êx 9.13-25; Js 10.11).
É impossível imaginar o caos e a consternação da terra com todas as cidades em ruínas e grandes pedras de peso mais de 25 quilos caindo do céu sobre os homens. Toda a ilha fugiu, e os montes não se acharam (v. 20): Não cessará de existir a terra, mas haverá grandes mudanças, as ilhas e as montanhas desaparecerão, ou trocarão de lugares.
Os detalhes da queda de Babilônia encontra-se nos capítulos 17 e18. A destruição final do poder mundial pela chegada de Cristo descendo com Seus santos, é descrito no capítulo 19.





Capítulo 17


A VISÃO DE BABILÔNIA MÍSTICA




Os selos estão todos abertos. As trombetas já soaram. As sete taças estão vazias. Depois do derramamento da sétima taça, foi anunciado: “E da grande Babilônia se lembrou de Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira” (16.19). Agora presenciamos essa queda de Babilônia (Cs. 17 e 18). Depois da queda de Babilônia haverá o levantamento da Nova Jerusalém (c. 21).
A Babilônia mística - A grande Meretriz (vs. 1-6). 
Um dos sete anjos, que tinham as sete taças da ira de Deus, levou João para contemplar a grande prostituta. Note como o Espírito Santo dá ênfase à sua prostituição, chamando-a uma vez a grande prostituta (v.1), duas vezes a prostituta (vs. 15,16), uma vez a mãe das prostituições (v.5), e seis vezes, a mulher  (vs. 3,4,6,7,9,18). Toda a prostituição espiritual é extremamente detestável diante de Deus. Babilônia” é o símbolo de tal prostituição. O nome da cidade é usado mais que 260 vezes na Bíblia, 27 vezes em uma só profecia (Jr 50 e 51). O nome aparece mais freqüentemente nas Escrituras do que o de qualquer outra cidade, a não ser o de Jerusalém.
No capítulo 17 trata-se de Babilônia Mística (mistério, vs. 5 e 7), símbolo do regime religioso e político que domina todo o mundo. Mas no capitulo 18 o assunto é o de Babilônia Comercial, não mais em símbolo, mas literal.
Muitos comentadores ensinam que a Babilônia Mística, a qual é comparada a uma grande prostituta, é a Igreja Romana. Como também há diversas razões para recusar tal interpretação.
Contudo, há um acrescente número de comentadores que ensinam, o que parece mais razoável, que a grande prostituta representa uma amalgamação de todas as religiões, chefiada pelo papado no tempo do Anticristo. Há lideres nas maiores denominações esforçando-se atualmente para unir todas as crenças. Certo rabi judáico, quer estabelecer uma convenção mundial de religiões “para unir todos os homens em uma só pátria religiosa”. Certo padre católico de fama declarou que o “mundo em desespero tem os olhos fitos em Armagedom e o único meio de evitar uma carnificina mundial é a de unir os cristãos do Oriente e do Ocidente”. Assim é fácil de ver como a Igreja Romana, no tempo do Anticristo, pode conseguir dominar todo o sistema intitulado Babilônia Mística.
No capítulo 10 de Gênesis consta que Ninrode “foi poderoso caçador diante da face do Senhor”. Segundo uma tradição dos judeus “foi poderoso no pecado, enredando os homens, para desviá-los do culto a Deus”. A apostasia flagrante de Ninrode culminou na construção da torre de Babel, planejada para o centro de rebelião contra Deus. O Senhor, para frustrar esse plano, tornou Babel em “a cidade de Confusão”. A cidade chegou a ser, não somente a fonte de idolatria, mas o perseguidor do povo de Deus. Depois o espírito de idolatria e perseguição passou de Babilônia para Roma dos Césares. Mas nos últimos dias o espírito de Babilônia passará para o império Romano ressuscitado.

A interpretação do Anjo (vs. 7-13). 
O anjo explicou a João o significado do símbolo da besta de sete cabeças e dez chifres (v. 3); as sete cabeças são sete reis, ou reinos (vs. 9,10). Cinco já cairam  (v. 10); O Egito, a Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e a Grécia. E um existe (v.10): o Império Romano, no tempo de João. Outro não é vindo (v.10); talvez, o Império Romano, no tempo de ser ressuscitado. Desse sétimo reino se levantará o Anticristo, o reino do qual, consistirá de uma liga de dez nações (v.12).
O Cordeiro e seu exército (vs. 14-18).
Estes combaterão contra o Cordeiro e o Cordeiro os vencerá (v.14): A última investida contra a iniquidade do mundo será feita um exército invencível, o de Cristo, o Cordeiro, o Rei dos reis e Seu exército de pessoas chamadas, eleitos e fiéis - chamadas, não sorteadas; eleitas, para cada lugar; fiéis aos seus compromissos de lealdade.








































Capítulo 18


A QUEDA FINAL DA BABILÔNIA



É fácil ver, com uma leitura rápida do presente capítulo, que João não escreveu em símbolo, como no capítulo 17. Babilônia aqui é uma cidade literal no rio Eufrates e o apóstolo escreveu em termos literais, do poder, da opulência, da iniquidade e da sentença dessa famosa metrópole.
O Anuncio do Anjo Poderoso (vs. 1-3).
“Um dos sete anjos que tinham as sete taças” (17.1) anunciou a destruição de Babilônia Mística. Foi outro anjo, cuja presença iluminou a terra que anunciou a queda final da linha e adiantadíssima cidade de Babilônia, no rio Eufrates.
 Há diversas razões para crer que Babilônia será reedificada para servir como capital do mundo e o centro do comércio, no reinado do Anticristo. Não somente Jerusalém e o templo estarão reedificados, mas também Babilônia. Seguem algumas das razões para assim afirmar:
Primeiramente, Babilônia antiga não foi destruída até agora, da forma como está profetizado. (1) Deve cair de repente (Jr 51.8). Ainda não foi destruída assim. Houve uma mudança quieta de dinastia e foi desfeita gradualmente. Mas ainda será destruída, repentinamente (Apocalipse 18.10,16,17,19). (2) Ninguém foi dirigido a fugir de Babilônia antiga. A ordem de Jeremias 50.8 e 51.6 será cumprida em Apocalipse 18.4 Daniel não saiu da Babilônia antiga, e se judeus tivessem sido chamados da cidade, ele teria sido o primeiro a obedecer. (3) Não tirariam dela material para construção em outro lugar (Jr 51.26). Mas por algumas gerações o material foi tirado das ruínas de Babilônia antiga para construção em outros lugares. (4) O árabe não armará ali a sua tenda (Is 13.20). Mas é fato que o árabe tem armado a sua tenda no lugar de Babilônia antiga, e os pastores têm feito deitarem-se ali os seus rebanhos. (5) A última Babilônia sofrerá a destruição completa e a desolação inteira (Jr 25.12; 51.29,43).
Em segundo lugar, Babilônia não caiu no tempo predito para a queda final. (1) Israel voltaria depois da queda final de Babilônia (Jr 50.4,5,20). Com a queda final de Babilônia, não haverá mais iniquidade em Israel, nem se acharão mais pecados em Judá (Jr 50.20). (2) Babilônia cairá no dia do Senhor (Is 13.6, 9-11). (3) Babilônia cairá quando os céus e a terra estremecerem (Is 13.13); (Apocalipse 16.17-20). É certo que o grande terremoto que está para destruir a grande Babilônia e as cidades das nações ainda não aconteceu.
Terror na terra (vs. 4-19).  
Sai dela povo meu (v. 4): Enquanto essas palavras tenham uma aplicação muito prática para os crentes que se acham atualmente na Babilônia espiritual, contudo aqui refere-se aqui às palavras que serão dirigidas a pessoas que negociam nessa capital do Anticristo, no tempo do fim. Vê-se em Isaías 52.11; Jeremias 50.8; 51. 6,9,45 que, especialmente, os judeus serão prevenidos a retirarem-se dela.
Quando ela e glorificou... e diz... Estou assentada como rainha e não sou viúva (v. 7): Os amantes da Babilônia são muitos; seu gozo é completo; orgulha-se de que não é viúva como a Igreja de Cristo, cuja esperança esta na volta do Esposo.
Será queimada de fogo (v. 8): Babilônia queimou a Jerusalém e o Templo a fogo e seu fim será o mesmo. Vide Jeremias 51.24. A terra onde Babilônia será reedificada é lugar de muito betume (como consta, também, em Gênesis 11.3); portanto, será inflamável. Compare Isaías 13.19 .
Estarão de longe ... chorando, e lamentando (v.15): Que a grande Babilônia, aqui no capítulo 18, se refere à própria cidade, em vez de ser um símbolo do mundo, vê-se no fato do mundo ficar para chorar e lamentar depois da destruição de Babilônia.
Alegria no céus (v. 20).      
Trata-se novamente da alegria nos céus, no capítulo 19:1-4, sobre a queda de Babilônia. O pensamento de João, nesta passagem, é também interpretado por Carpenter, da seguinte forma: “João expõe aqui a confirmação moral da justiça da queda de Babilônia (Roma escatológica). A moralidade universal será satisfeita. Todos os homens são reputados moralmente responsáveis pelo que fazem e pelo que são. Assim fazem todos os santos, na terra ou nos céus regozijando-se quando qualquer gigante da maldade é derrubado”.
Ruína completa (vs. 21-24).
E um forte anjo... (v.21): Note-se: A Babilônia eclesiástica será destruída pela Babilônia política (17.6) para que o Anticristo tenha o domínio e receba toda a adoração (II Ts 2.3,4; Ap 13.150. Mas a própria cidade de Babilônia será destruída instantaneamente pela mão de Deus, como Sodoma e Gomorra. Vide capítulo 16.19.
Teus mercadores eram os grandes da terra (v.23): A lição de Babilônia comercial ensina-se que seja pecado comprar e vender. Não; o fato de alguém negociar, em si mesmo, não é pecado. Mas no comércio, em geral, liga-se pouca importância à igreja; Satanás é somente uma idéia. A Bíblia não tem valor algum. A religião não ligam importância. Não há consciência. O grande alvo daqueles que negociam é o de ajuntar riquezas na terra. Os verdadeiros crentes não negociam como os que habitam na terra, mas como peregrinos e forasteiros.
...tuas feitiçarias (v. 23): A Babilônia antiga era o centro da feitiçaria (compare Daniel 2.2). Babilônia, no tempo do Anticristo, será o centro de feitiçaria e espiritismo para enganar todas as nações.
O sangue... de todos os que foram mortos na terra (v. 24): A destruição de Babilônia é a resposta do clamor das almas dos mártires no contraste de apocalipse 6.9-11.




















Capítulo 19

AS BODAS DO CORDEIRO:
A BATALHA DE ARMAGEDOM




Estão executados, sobre a terra, os juízos dos selos, das trombetas e das taças. Está na hora de o Senhor findar com o governo humano e inaugurar o Seu reino. As nações se amotinam; Satanás está no zênite do seu poder. Os reis da terra ajuntam os exércitos para fazerem guerra contra o Senhor Jesus Cristo (19.19), unidos em uma só causa e em um só propósito, o de destronar o deus vivo e edificar o homem na terra!
Se o dia de ira em Armagedom é o mais tremendo dos séculos, o casamento do Cordeiro é o mais abençoado e feliz de todos os eventos desde a criação do mundo.
O primeiro Aleluia (vs. 1,2).
Enquanto os habitantes de toda a terra grandemente lamentam e pranteiam a queda de Babilônia (18.15-19). Os céus rompem em volume de louvor ainda maior, quatro vezes repetido, sobre a queda completa e final da prostituta.
Há quatros aleluias nos versículos 1 a 6. A palavra hebraica “aleluia” quer dizer: “Louvai ao Senhor”. Usa-se essa palavra repetidas vezes nos Salmos; os cinco últimos (146-150) começam e findam com essa palavra. Mas no Novo Testamento a palavra “aleluia” encontra-se somente na presente passagem.  É a mais sublime aclamação de culto e adoração. Anselmo considerava-se como palavra angelical; Agostinho dizia: “A palavra “aleluia” exprime o sentido que abrange toda a bem-aventurança, ou estado bendito, do céu”.
O segundo Aleluia (v. 3).
Não há nesse cântico de louvor um espírito interesseiro e carnal de vingança. O fumo dela (de Babilônia) sabe para todo o sempre (compare Marcos 9.48), e os santos exultarão porque o castigo eterno é inteiramente justo. É um sentimentalismo falso do mundo quando diz que Deus é amor e não castigará o pecador.
O terceiro Aleluia (v. 4). 
Os vinte e quatro anciãos e as quatros criaturas confirmam a adoração da vasta multidão, sobre o castigo eterno de Babilônia, dizendo: “Amém, Aleluia!”  “Amém” quer dizer: “Que assim seja”.
O quarto Aleluia (vs. 5-10).
Em seguida todos os seres nos céus são convidados a participar na adoração. Ninguém é demasiado pequeno, nem demasiado grande, para participar; assim pequenos como grandes são chamados. Muito além de nossa compreensão é o volume dessa adoração, maior do que do primeiro versículo: como que a voz de uma grande multidão e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões. Será a maior aclamação de todos os séculos. Qual é a causa de todos os habitantes do céu ficarem comovidos. Pois já o Senhor... reina... vindas são as bodas do Cordeiro. ...
A Igreja é representada como esposa ou noiva do Senhor Jesus por causa do amor íntimo e ligação espiritual. A noiva tem de cumprir quatro condições: (1) Ser desposada (prometida em casamento ). O Noivo celestial quer ganhar o amor alma do pecador. Sem o pecador aceitar, ser “desposado”, não pode haver o “casamento”. (2) A noiva deve ser leal. A noiva verdadeira é sempre leal ao Noivo, apesar de todas as forças que querem desviá-la de Cristo. (3) O crente deve gozar comunhão. Quando há amor entre os dois noivos, as horas pareceram apenas minutos. Podemos julgar a nossa devoção a Cristão pelo desejo de estar sozinhos em comunhão com Ele. (4) A noiva deve submeter-se. “O marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja” (Efésios 5.23). Sem tal obediência não pode haver casamento verdadeiro. Ou Cristo é Senhor de tudo, ou Ele não é senhor de coisa alguma.
E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente (v. 8) Note-se o contraste entre o traje verdadeiramente lindo da Noiva do Cordeiro e as vestes vistosas da prostituta da Besta (17.4).
O linho fino são os atos da justiça dos justos (v. 8): Estamos bem vestidos desses atos, como Dorca (Atos 9.39), ou estamos nus como os crentes em Laodicéia (3.17).
“Será um casamento suntuoso e glorioso! Depois das Bodas, o Esposo levará a sua Esposa em uma viagem de núpcias, lua de mel, de volta ao lugar antigo da Esposa, onde Ele mesmo foi aborrecido e rejeitado, onde sofreu, dando Seu sangue para redimir a sua Esposa. Então Ele estabelecerá seu reino no mundo onde reinará sobre as nações da terra, durante um período de mil anos. E sua esposa, a Igreja reinará com Ele! Será uma lua de mel de mil anos!” (Ap 20.4).
Vê-se, no versículo 10, como João foi repreendido quando quis adorar o anjo que lhe mostrara uma das coisas mais gloriosas de todos os séculos. O anjo era um dos convidados, como João, e convinha que João fitasse os olhos no Cordeiro. Existe  sempre a tentação de adorar ao pregador em ver de adorar o Salvador que ele apresenta. O pregador fiel não procura nem aceita tal adoração. O crente fiel não adora nem pregador, nem santo, nem imagem, nem anjo, mas somente ao Cordeiro. Porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia (v. 10); isto é, o nosso testemunho e pregação devem ter um só alvo somente o de glorificar a Jesus.
A Batalha de Armagedom (vs. 11-21).   
Logo após as Bodas do Cordeiro seguem as cenas, nas quais finda o mundo (época atual). Não se menciona mais a Cristo como Cordeiro, no tempo da batalha do Armagedom, mas sim como Guerreiro, pois os três grandes inimigos de Deus, o Dragão, a Besta e o Falso Profeta arregimentaram as nações do mundo contra seu Criador, para a “batalha do dia do Deus Todo-poderoso” (c. 16.14). É então a pedra de Daniel 2.34,35 baterá na imagem.
A vinda de Cristo como Rei dos reis, e Senhor dos senhores (vs. 11-16).
Vi  o céu aberto... (v.11): Abriu-se o céu quando o Filho do homem foi cheio do Espírito, para começar o Seu ministério público na terra (Mt 3.16; Atos 10.38)). Abriu-se novamente para o primeiro mártir da Igreja contemplar o que o esperava na glória (Atos 7.55). Abriu-se, também, para o regozijo do amado apóstolo, banido na desolada e solitária ilha de Patmos - para iluminação da Igreja de Cristo através dos séculos (c. 4.1). Abri-se-á outra vez para os habitantes da terra presenciarem a cavalaria celestial sair para a última conquista da terra (19.11).
E eis um cavalo branco... (v.11): Cristo não vem essa vez manso e sentado num jumentinho, mas montando um cavalo branco em verdadeira “entrada triunfal”. Note como em Lucas 19.28-44, apesar do título “entrada triunfal”, dado à passagem pelos homens, o Salvador levantou a voz em choro (vs.41-44). Sabia que entrara ali para ser rejeitado e crucificado.
Chama-se Fiel e Verdadeiro (v.11): Em grande contraste com os grandes nomes, porém falsos, do Anticristo (13.1).
E julga e peleja justiça (v. 11): É difícil encontrar uma causa que justifique a guerra entre as nações; porém Cristo guerreira somente com justiça.
E os seus olhos eram como chama de fogo (v. 12): Tem olhos para descobrir e consumir a injustiça.
E sobre a sua cabeça havia muitos diademas (v. 12): Coroas, representando domínio supremo em todas as ramificações da vida humana; na política, na literatura, no comércio, etc., etc. Ou são coroas de vitória; a sobre o pecado, sobre a morte, sobre seus inimigos, etc., etc.
E seguiram-se os exércitos no céu em cavalos brancos (v.14): Esses exércitos são dos santos (17.14; Judas 14,15). Os que assistiam as Bodas do Cordeiro estão aqui e ainda vestidos de linho finíssimo (v. 15). Não se trata de Cristo chefiando Seus seguidos com “armas carnais”, como alguns entendem. A batalha de Armagedom não é um conflito entre nações. Os homens durante a última grande guerra julgaram que ela era a batalha de Armagedom. Mas qualquer estudante das profecias deve ter melhor conhecimento. A guerra do “grande dia”, não será de nações armadas uma contra outra, mas as hostes do grande e último poder mundial unidas sob o Dragão, a Besta e o Falso Profeta, para batalharem contra Deus.
O ajuntamento das aves para a ceia do grande Deus (vs. 17,18).
Note o grande contraste entre esse horrendíssimo banquete e o das Bodas do Cordeiro (v.9). Os homens na “ceia” das aves recusavam a ceia do Cordeiro, porém, depois, não podiam recusar a das aves. Mas não comem dessa ceia, ao contrário, eles mesmos são comidos.
Observe-se no versículo 18, como o anjo repete: carne... carne... carne... carne... carne... - cinco vezes Os homens da terra escolheram andar pela carne, em vez de pelo espírito, e, então, a sua própria carne devia ser comida, literalmente!
A derrota do Anticristo e seus exércitos (vs. 19-21).
E vi a besta, e os reis da terra... reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e o seu exército (v. 19): Parece a princípio incrível de se conceder que louca campanha esteja empreendida por seres humanos, numa guerra contra Deus. Mas devemos levar em conta que a sua primeira intenção não é a de atacar a Deus diretamente, mas destruir e opor-se a todos os Seus planos e propósitos em referência à terra, extirpando dela o povo (Israel) de quem dependem todos os concertos e planos de Deus para o governo do mundo e a redenção da terra. Com pare o Salmo 2.
E a besta... e com ela o falso profeta... foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre (v.20): Esses dois não foram mortos, como os demais. Parece que não podem morrer. Mas são lançados vivos na prisão de fogo.
E os demais (os homens dos exércitos) foram mortos com a espada que saía da boca (compare Atos 5.5,9,10; 13.11; 2 Ts 2.8) e todas as aves se fartavam das suas carnes (v.21).
Assim findará a maior e mais tremenda batalha de todos os tempos, a de Armagedom.







 





Capítulo 20

O MILÊNIO E O JUÍZO DO
TRONO BRANCO


A vitória, na batalha de Armagedom (19.11-21), não será completa apenas com a destruição dos exércitos das nações e ao lançar o Anticristo e o Falso Profeta vivos no lago de fogo e enxofre. Será necessário, também, prender Satanás, pois foi ele, realmente, que instigou a rebelião que atingiu os céu como a terra.
Satanás é amarrado e lançado no abismo (vs. 1-3).  
Se alguém perguntar como se pode amarrar um espírito com correntes de ferro ou metal, responderemos que Satanás não será acorrentado com cadeias de ferro, nem de metal, mas com correntes de fabrico divino. Assim como será muito real a espada que sairá da boca do Filho de Deus, apesar de não ser de aço, assim será cem eficiente o que o anjo usará para prender Satanás. Seria da qualidade usada para amarrar os espíritos e prender os anjos. Vide Judas 6.
São quatro os nomes aqui, e no capítulo 12.9, de Satanás: “Dragão”. Esse é o termo que se refere à sua influência sobre as soberanias da terra, as quais, nas Escrituras, estão representadas como feras. O Dragão tem os características das bestas (feras), até o grau de dominá-las. “A antiga serpente”: O antigo enganador dos anjos e dos homens durante os seis anos desde o Éden. “Diabo”: A palavra quer dizer caluniador (12.10; Jó 1.6), e mentiroso (João 8.44). “Satanás”: quer dizer o grande adversário de Deus, de seu Filho e de todo o Seu povo.
No tempo da grande tribulação, a um anjo de satanás foi dada uma chave para abrir o abismo  e soltar os poderes do maligno (9.1,2); agora um anjo de Deus prende Satanás ali. Não é o mesmo do lago de fogo (19.20; 20.10). É a prisão dos espíritos maus (Lc 8.31), enquanto o lago é o eterno inferno. Os primeiros a entrarem no inferno serão a Besta e o Falso Profeta (19.20), depois será Satanás (20.10), e depois serão todos os iníquos (20.14,15).
É claro, também, que os iníquos do juízo das nações (Mateus 25.31-46) serão ali, antes de começarem os mil anos.
Note-se que Satanás não será somente amarrado, mas aprisionado (encerrado) no abismo o qual será fechado e selado sobre ele. Será completamente banido da cena por mil anos.
O reino milenário de Cristo (v. 4).      
Encontra-se o termo mil anos (milênio) seis vezes nos primeiros sete versículos do presente capítulo. Depois do “deus deste mundo” ser destronizado, amarrado e preso no abismo, o verdadeiro Rei será entronizado para reinar, junto com Seu povo, sobre o mundo inteiro por mil anos.
Vi tronos, e assentaram-se eles e foi-lhes dado poder para julgar. Quem são esses que se sentam sobre tronos e reinaram com Cristo durante mil anos. O contexto mostra que são os do exército de Cristo que veio com Ele dos céus abertos (19.14). São certamente aqueles a quem foi prometido que estariam “para sempre com o Senhor” (I Tes. 4.16,17), que seriam glorificados juntamente com Ele (Rm 8.17), e apareceriam com Ele em glória (Cl 3.4); que compartilhariam do Seu trono com Ele (Ap 3.21), que seriam coroados (II Tm 4.8), que reinariam com Ele (II Tm 2.12) e regeriam as nações com vara de ferro (Ap 2.26,27).
A sede de Seu reino na terra será Jerusalém e a nação de Israel (Is 2.2-4; 4.2,3; Joel 3.17,20; Mq 4.2). Contudo, Cristo e Seus santos, em corpos glorificados, reinarão na Nova Jerusalém. Juntamente como Satanás e suas hostes dominam atualmente o mundo, sem ninguém o perceber, assim Cristo e Seus santos reinarão durante mil anos.
O reino de Cristo abrangerá todo o mundo e a prosperidade e a paz rodearão o globo e prevalecerão de pólo a pólo (Is 9.6,7;11.9; Dn 7.13,14; Mq 4.1-4; Zc 8.3-29; 14.1-21).
Sejam o bendito alvo e o constante anelo de nossas vidas, e de nossas orações, que “venho o Teu Reino”!
A primeira ressurreição (vs. 5,6).          
Há uma idéia entre o povo de Deus de que a primeira ressurreição acontecerá ao mesmo tempo de uma ressurreição geral. Mas aqui no Apocalipse (v. 5) declara que haverá um intervalo de mil anos entre as duas: Outros mortos reviveriam, até que os mil anos se acabassem. Não é somente no Apocalipse que mostra um período de tempo entre as duas ressurreições. Vide Hebreus 11.35; Filipenses 3.11; I Corintios 15.23; I Tessalonicenses 4.16; João 5.28,29; Lucas 14.14; Daniel 12.2 .
É claro também que haverá grupos dos da primeira ressurreição. (1) a maior parte dos crentes ressuscitarão imediatamente antes do arrebatamento prévio ao começar a Grande Tribulação (I Ts 4.13-17). (2) Sete anos depois da ressurreição desse grupo ao terminar a Grande Tribulação, ressuscitarão os que foram degolados... (6.9-11),  que não adoraram a besta... (c. 13), e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos (v. 4).
A batalha de Gogue e Magogue (vs. 7-10). 
O milênio não é o estado final. No fim dos mil anos a terra estará cheia duma população que por muito tempo gozará amplamente a luz da verdade. Porém esse povo terá de ser provado. Satanás, o grande cirandeiro (Lc 22.31), será solto do abismo para cirandar os homens da terra, separando-os para o último grande juízo. Incitará um espírito de descontentamento e rebelião nas nações, simbolizadas pelos termos Gogue e Magogue (vide Ezequiel 38). Haverá uma mudança tão grande, durante os mil anos, que não podemos identificar agora essas nações com qualquer das nações atuais. A grande loucura dessas nações findará de repente: desceu fogo do céu e os devorou.
Satanás será encerrado no abismo a primeira vez, mas a segunda vez será lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta. Note que, depois de mil anos, a Besta e o Falso Profeta ainda se acharão no lago de fogo. É um lugar os perdidos de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
Com o ato de lançar Satanás no lago de fogo, findará toda a rebelião do povo da terra - findará todo o pecado e toda a morte em nosso planeta.
O grande juízo do Trono Branco (vs. 11-15).
 Queremos considerar agora os outros mortos que não reviveram, até que os mil anos se acabaram (v. 5).
E vi um trono branco (v. 11): João viu um trono semelhante ao do início dos grandes juízos que precederam o milênio (4.2-6). O primeiro foi posto no céu; quanto ao segundo não sabemos o lugar. Havia, no primeiro, um arco-íris, indicando que Deus permaneceria fiel no cumprimento das promessas da aliança; o segundo está nu, isto é, não oferece esperança, nem tem aliança para cumprir. Do primeiro procediam relâmpagos, trovões e vozes, indicando juízos sobre a terra; do último está escrito que era grande e branco, que nos fala de poder ilimitado e de justiça, pura e completa.
É evidente que o grande juízo do Trono Branco, não é mesmo do julgamento das nações (Mateus 25.31-46). O primeiro será “Quando vier o Filho do homem na sua glória” (Mt 25.31; Cl 3.4; II Ts 1.10); o segundo será depois do milênio. No primeiro não há ressurreição, mas no segundo há. No primeiro as nações serão julgadas; no segundo serão “os mortos”.
De cuja presença fugiu a terra e o céu... (v.11): A presença de Deus em juízo é terribilíssima, o universo fugirá. Todos os ímpios, uma vez face a face com o Criador, abandonarão sua temeridade. Lembra capitulo 6.15,16.
E vi os mortos, grandes e pequenos (v. 12): Todos, desde o princípio, serão ressuscitados. Aqui podem evitar os cultos e lugares onde se sente a presença de Deus, mas aí terão de assistir. Terão de comparecer os grandes e os pequenos - Caim, Faraó, Jezebel, etc., etc. Grande e vasto, além da concepção humana será esse concurso de gente!
Foram julgados... segundo as suas obras (v.12): Vide II Coríntios 5.10; Tiago 2.24. Como é que seremos julgados, então, segundo as nossas obras, quando somos salvos, pela fé. Romanos 4.3.  As obras são a prova da fé que salva. Calvino assim o explicou: “só a fé justifica, porém a fé que justifica não está só.”
E a morte e o inferno (hades) foram lançados no lago de fogo (v. 14): Será o fim da morte, a  garantia de ela nunca invadir a nova ordem do c. 21.
Esta é a segunda morte (v.14): Vede 2.11; 21.8; 20.14. A morte não é o cessar de existir, mas sim a existência fora do que Deus planejou. Vede por exemplo I Timóteo 5.6. Não era plano de Deus que o homem existisse fora do corpo (a primeira morte), nem que existisse fora da presença de Deus (a segunda morte, 21.8; 22.15). A segunda morte não quer dizer que a pessoa morta não existe mais, como algumas seitas ensinam. Isto é evidente porque a Besta e o Falso Profeta se acham ainda na segunda morte depois de mil anos. Compare versículos 10 e 14 c. 19.20. Que a pessoa fora do corpo (ou como se diz: “morta”) está cônscia (pode ouvir, etc.) é claro, também, nas passagens como II Corintios 12.3,4. Que os mortos cessam de existir é evidente em Romanos 5.8. Cristo, sendo Deus não pode cessar de existir, contudo a passagem declara que morreu.
A segunda morte é tanto mais horrível que a primeira, quanto o inferno é mais terrível que a morte física.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (v. 15): Todos os nomes que estiverem escritos no livro, serão escritos ali antes desse dia. Nada consta que qualquer nome será escrito no Livro da vida nesse dia. Diz. “Aquele que não foi achado escrito...” É fato que nos comeve até as profundezas de nosso ser!



















Capítulo 21

NOVO CÉU, NOVA TERRA E A
NOVA JERUSALÉM




Na visão final do Apocalipse, vêem-se todas as coisas feitas novas (21.5). É a aurora do grande e eterno dia. Não haverá mais conflitos, nem tribulação. A próxima paz do milênio foi corrompida ao sair Satanás do abismo. Mas no tempo da última visão do Apocalipse, o Verbo de Deus terá destroçado e completamente destruído os exércitos dos reis do mundo inteiro e satanás, o Anticristo e o Falso Profeta serão encerrados para sempre no lago de fogo. Haverá então doce e eterna paz porque o Príncipe da Paz reinará pelos séculos dos séculos.
Todas as coisas novas (vs. 1-8).  
Haverá um novo céu e uma nova terra,  não no sentido  de haver outro céu e outra terra, mas a nossa terra e os céus serão feitos novos. Como se diz acerca do pecador salvo: “É uma nova criação; passou o que era velho, eis que se fez novo” (II Co 5.17), assim se dirá de tudo: As primeiras coisas são passadas... eis que faço novas todas as coisas (vs. 4,5).
João viu somente em visão ligeira a glória da nova terra. Mas notemos algumas das coisas velhas que não haverá no mundo transformado:
1) O mar já não existe (v.1): Podemos imaginar como palpitava o coração do velho apóstolo, preso e cercado pelo bravio mar Arquipélago, ao saber que não mais haverá mar. O mar é símbolo de inquietação e rebelião (Is 57.20; Lc 21.35; Ap 17.15). Desaparecerão da terra não somente as águas incessantemente perturbadas mas também o desassossego da humanidade.
2) Não haverá mais morte (v. 4): O último inimigo dos homens a ser destruído será a morte (I Co 15.26; Ap 20.14). Atualmente não existe lar em que não entre a morte, nem cidade ou vila sem cemitério. Mas então não haverá nem enterros.
3) Não haverá mais... pranto (v. 4): Agora as tristezas nos perseguem como uma sombra. Os homens entram no mundo com choro, passam muito do tempo pranteando, saem com gemidos. Porém naquele tempo o gozo será perfeito e completo; o dia da eternidade não terá nuvem.
4) Não haverá mais... dor (v. 4): A todas as dores dos homens nos desastres, nos hospitais, nas guerras e nos leitos de morte temos de acrescentar as dores dos inumeráveis animais do campo! Aqui no mundo os sofrimentos são permitidos para nos purificar e nos humilhar. Mas a dor, a qual entrou com a queda no Éden, não se conhecerá na nova terra.
5) Não haverá mais tímidos (v. 8): Todos os que se envergonham do Senhor e todos os “medrosos”, em contraste aos vencedores (v. 7), serão removidos da terra e lançados no lago que arde com fogo (v. 8), isto é, os “medrosos”, os que temem mais ao próximo do que a Deus. Não haverá mais incrédulos (v. 8): Nenhum dos que alegam impedimentos para crer no Evangelho, ficará na nova terra. Não haverá mais abomináveis (v.8). Ninguém contaminado das coisas detestáveis que pertencem aos pagãos (comp. Jr 7.9,10) poderá ficar na nova terra. Não haverá mais mentiroso. A nova terra será purificada de todos os enganadores e mentirosos de qualquer espécie. Convém-nos evitar sempre toda a palavra que não seja verdadeira.
A Nova Jerusalém (vs. 9-27).
Não haverá somente um novo céu e uma nova terra, mas haverá também uma nova cidade; haverá a Nova Jerusalém em vez de velha Jerusalém. Como Deus levou a Moisés o cume de Pisga para mostrar-lhe toda a terra da promissão (Dt 340, assim um  dos sete anjos que tinham as sete taças levou a João a um grande e alto monte para contemplar a nossa terra da promissão, a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. Será uma cidade literal, “ que tem fundamentos (Hb 11.10); não serão o céu, mas descerá do céu. Os crentes verdadeiros não têm aqui cidade permanente, mas buscam a futura (Hb 13.14): “desejam uma melhor, isto é, a celestial” (Hb 11.16). Vide, também João 14.2,3.
Note-se que João foi levado para ver a esposa, a mulher do Cordeiro (v. 9): isto é, a grande cidade, a nova Jerusalém (v. 10). É evidente, portanto, que é a esposa de Cristo (19.7), os crentes, que vão morar na Nova Jerusalém.
A Nova Jerusalém terá a glória de Deus... luz semelhante a uma pedra de jaspe, como cristal resplandecente (v.11): Não será enfumaçada como as cidades da terra. Por causa dessa glória, o rosto de Moisés  brilhou, Cristo, no monte de transfiguração, “resplandeceu como o sol” e Saulo ficou cego.
E Tinha ... doze portas (v.12): São as portas que dão entrada à cidade. Sobre essas portas da Nova Jerusalém se encontram escritos os nomes das doze tribos (v.12), um símbolo do fato que “a salvação vem dos judeus” (João 4.22).
E mediu a cidade... e o seu comprimento, largura e altura eram iguais (v.16): A Nova Jerusalém é uma cidade do formato duma, talvez, em vez de ser um cubo.
Doze mil estádios (v.16): A medida da Nova Jerusalém é de 2.223 quilômetros em todos os três sentidos. Podemos conceber uma cidade, no formato de pirâmide, com altura de 2.223 quilômetros, com base de quase cinco milhões de quilômetros quadrados e feita de ouro puro, semelhante a vidro puro (v.18).
Nela não vi templo (v.22): A Nova Jerusalém será um lugar sublime, porque Cristo habitará ali. “Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro” (22.3). Grande parte da glória e fama de qualquer cidade são os seus templos. Assim não será na Nova Jerusalém. Ali haverá cultos que satisfarão a alma, cultos da mais perfeita adoração, estando todos os olhares fitos no Senhor Deus Todo-poderoso e o Cordeiro.
As nações andarão à sua luz (v.24): A Nova Jerusalém servirá para iluminar não somente os olhos do povo da nova terra mas também a alma, com a luz de justiça e verdade, na vida social e nacional.           



















Capítulo 22

A NOVA JERUSALÉM



Os versículos 1 a 5 servem  para concluir a descrição (21.9-27) da “grande cidade, a santa Jerusalém”, que João viu, em visão, descer do céu.
A visão é concluída (vs. 1-5).
O primeiro lar dos homens estava em um jardim, à beira dum rio; no paraíso, o lar eterno, João viu um rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro (v. 1). É símbolo do Espírito Santo enviado do céu. O trono de Deus é a fonte da qual mana, para todo o sempre, o espírito para os corações dos remidos.
A árvore da vida... são para a saúde das nações (v. 2): Mesmo no estado glorificado para todo o sempre, o bem estar dos homens depende da comunhão constante com Deus.
Nunca mais haverá maldição (v.3). Durante todas as longas épocas, depois da queda no Éden, os homens sofrem a amargura do mal (Gn 3.11-19) e a criação geme (Rm 8.22). Na Nova Jerusalém, porém, jamais entrará a maldição.
Os seus servos o servirão (v.3): Muitos crentes têm a idéia de que o céu é lugar onde não haverá coisa alguma para fazer a não ser tocar harpas e onde todos andarão como espíritos despidos do corpo. De fato, os salvos tocarão harpas e gozarão da música mais sublime. Haverá, também, serviço aí, porque os seus servos O servirão. Vede 7.15. Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso, com instrução sobre a obra de cultivá-lo e o guardar, certamente não deixará o homem inativo e ocioso no segundo.
Ali não haverá mais noite (v.5): Aqui na terra os cansados aguardam o doce descanso da noite. Mas na Nova Jerusalém não haverá fadiga; portanto, não há necessidade de descansar.
O valor do livro do Apocalipse (vs. 6,7). 
Que os relatos do Apocalipse são fiéis e verdadeiros é afirmado três vezes repetidas (19.9; 21.5; 22.6). A Palavra declara duas vezes que essas coisas em breve hão de acontecer (22.6; 1.1). Dos 66 livros da Bíblia, parece não haver outro que seja mais indispensável do que o Apocalipse: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro (1.3; 22.7).
João está deslumbrado com a glória da visão (vs. 8,9).
Note-se que foi um dos redimidos da terra, um profeta e conservo de João (v.9), quem lhe mostrou essas coisas. Duas vezes João caiu aos seus pés (19.10), para adorá-lo, e duas vezes foi reprovado. É claro que João não queria pecar, mas a sabedoria e a inteligência do anjo, tanto como a sublimidade das coisas que revelou eram tais, que o anjo lhe parecia divino. Se é pecado adorar a tal anjo como podemos adorar a Virgem Maria, a quem nunca foi dado tal ofício ou tal honra.
“Próximo está o tempo” (vs. 10-15).
A Daniel foi ordenado que selasse as revelações, porque só daqui a muitos dias se cumprirá (Dn 8.26; 12.4,9). Mas no tempo de João receber as revelações do Apocalipse era diferente; porque próximo está o tempo (I Jo 2.18; Ap 1.3; 22.10).
Note-se como Cristo dá ênfase à sua vinda, repetindo três vezes em um só capítulo: Presto venho  (v. 7); Eis que cedo venho (v.12) e Certamente cedo venho (v.20).
A “assinatura” do Livro (v. 16).
O versículo 16 é a “assinatura” de nosso Senhor Jesus Cristo da mensagem que escreveu e enviou às igrejas.
O último apelo evangelístico (v. 17).
É o último convite na Bíblia para pecador render-se a Cristo. Embora a última parte do versículo seja um apelo ao pecador para que venha enquanto ainda pode, o brado do Espírito e da Esposa: Vem, é dirigido a Jesus Cristo. O Grande anelo do Espírito Santo e das verdadeiras igrejas é que Ele venha.
A admoestação final da Bíblia (vs. 18,19).
A última e solene admoestação das Escrituras não é somente para os modernistas, materialistas, incrédulos e todos que fazem como o rei Jeoaquim, que “cortou-o com um canivete de escrivão e lançou-o no fogo” (Jr 36.22,23). Essa admoestação é também para todos quantos desprezam o estudo do Apocalipse, os que descuidam ou que acrescentam interpretações, sem base, às profecias do livro. Vede também Deuteronômio 4.2; 12.32.
A mensagem final de Cristo (v. 20).
Não há promessa de Deus mais preciosa e certa do que a última da Bíblia, a qual é reafirmada repetidamente. Conta-se a história de certa moça, cujo noivo viajou à Terra Santa, prometendo, na volta, casar-se com ela. Os amigos diziam à noiva que ele nunca mais voltaria. Mas ela, confiando na palavra de seu amado, todas as noites acendia grande fogueira na praia para servir como farol para orientar o navio de seu querido sobre o bravio mar. Noite após noite permanecia ao lado da fogueira suplicando que vento enchesse as velas do navio e apressasse a chegada daquele que lhe era mais precioso que tudo, no mundo. Foi assim que, por fim, em uma noite no meio do rugir da tempestade, chegou o navio e os dois corações uniram-se para não se separarem mais.
Alguns dizem que o nosso Noivo, que viajou à verdadeira Terra Santa, nunca voltará. Mas as Suas últimas palavras para nós são estas: “Certamente cedo venho”. Na praia deste mundo de trevas permanece fielmente a verdadeira Igreja, iluminada com o fogo do Espírito Santo e sua alma suplicando: Ora vem, Senhor Jesus! No meio do rugir da tempestade mais bravia, na noite mais escura, aparecerá esse Querido para nos arrebatar, “e assim estaremos sempre com o Senhor”.
A Benção Final (v. 21).
“A graça, de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém”.
João, o amado, findou sua última epístola com o versículo que tão bem encerra o precioso cânon das Sagradas Escrituras e que tem servido, através dos séculos, como uma das saudações mais preciosas e cheias de sentido entre o povo de Deus:
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.





















CONCLUSÃO


Concluo este estudo do Livro do Apocalipse afirmando que, esta linha de interpretação adotada se baseiam em deduções seguras, mesmos que haja outros pontos de vistas, mas eu familiarizo-me com esta linhagem.
Quero fazer algumas recomendações especiais ao estudante deste livro. É um estudo difícil, por não fazer parte da experiência. O estudo feito no seminário é apenas uma breve introdução ao assunto, não abordando toda a ampla matéria. Deve-se tomar cuidado com as controvérsias, porque elas trazem no seu bojo pontos de vista extremos, duvidosos e heréticos. Muitos deles são apenas conjecturas humanas, inconsistentes, sem apoio Bíblico.
Após este estudo no livro do Apocalipse, espero que, não só para mim, mas para todos quantos estudaram e ainda estudarão, cada um possa estar mais perto de Deus, ganhando uma nova consciência do que nos espera no futuro. Não há lugar para desespero, para desânimo, para o abandono. Só há lugar para esperança, para o exercício do amor em todas as suas dimensões. O interesse de João ao escrever esse livro era tornar grandes conceitos doutrinários aos quais o povo de Deus estava acostumado, como o Senhorio de Jesus, a soberania de Deus, a eternidade da salvação, o conforto do Espírito, a vitória sobre o mal etc, uma realidade viva e não apenas conceitos teóricos.
O Apocalipse no trás a revelação da vitória do nosso Senhor Jesus Cristo sobre Satanás. Além de nos aproximar de Deus, o Apocalipse deve levar-nos a um maior compromisso com a nossa fé. Não podemos escapar de nossa responsabilidade como filho de Deus e é exatamente por nossa causa que o fim ainda não chegou antes. Deus quer que ainda não pertencem ao seu aprisco venham a entrar nele, pela porta que é Jesus.
A minha oração é que Jesus cumpra seus propósitos e nos ajude, dando-nos sabedoria para entender os “sinais dos tempos” e a perseverança necessária para passarmos todas as provações. Não poderíamos arrumar um modo melhor de se despedir senão lhe dizer também
                                        Maranatha!
                                                           Ora vem, SENHOR JESUS!  
 
  

















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA




DE MELO, Joel Leitão - Sombras, tipos e Mistérios da Bíblia - 8a. Edição-97 - Editora CPAD - Rio de Janeiro - RJ.

DA SILVA, Severino Pedro - Apocalipse versículo por versículo - 12a. Edição-97 - Editora CPAD - Rio de Janeiro - RJ.

ERICKSON, Miliard J. - Um Estudo do Milênio - Opções contemporânea na escatologia - 1a. Edição-82 - Editora VIDA NOVA - São Paulo - SP.

BOYER, Orlando - Espada Cortante - volume 1 - 1a. Edição - Editora CPAD - Rio de Janeiro - RJ.

CARNEIRO, Alberto Maciel -  Apostilha - Doutrina das últimas coisas - 1a. Edição-97 -  Alvorada do Oeste - RO.

DOUGLAS, J. D. - O Novo Dicionário da Bíblia - em 1 Volume - 2a. Edição-95 - Editora VIDA NOVA - São Paulo - SP.

REVISTA  - Escola Bíblica Dominical 1992 -  Pontos Salientes - 1a. Edição-91 - Editora  JUERP - Rio de Janeiro - RJ. 

ARAÚJO, Rosivaldo de - O Grande Júri - 1a. Edição abril de l996 - Editora LERBAN - Brasília - DF.

REVISTA  - Estudos Bíblicos Didaquê No. 43 - Estudo do Apocalipse - 1a. Edição DIDAQUÊ - Belo Horizonte - MG.

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