sábado, 29 de janeiro de 2011

Quem será o pior: O diabo criado por Deus ou o Deus criador do diabo?




Meu Deus! Mas que calor infernal é este? Eu já não estou mais agüentando. Se ao menos pudesse pelo menos uma vez, por alguns segundos, sentir o refrescar da água geladinha em meu corpo. Beber um gole de água gelado? É o meu maior sonho e desejo.

Quanto tempo será que faz desde que eu cheguei aqui? Mil? Dez mil? Ou cem mil anos? Não sei, nunca saberei, mas o que importa mesmo saber sobre o tempo, pois o que é a contagem dos anos, meses e dias, horas e segundos, comparados com a eternidade?
Nossa! Só de pensar me dá uma angustia sem fim.

O pior de tudo é que aqui não tem pessoas normais para conversar, mas apenas os piores assassinos e estupradores de toda humanidade.
Mas acho que pior do que estas companhias é mesmo a total solidão eterna, mas confesso que até agora eu não consegui conversar com alguns deles, pois eu sinto o calor dos seus ódios, vejo terror e sangue em seus olhos.

Mas o que adiantaria conversar, se eu sinto uma dor ininterrupta, um calor imenso me queimar? Demônios por toda parte se revezam com seus tormentos, não me deixam em paz.
Os gritos, gemidos e choros não param por aqui, todos nós que fomos lançados pelo soberano neste inferno, não suportamos de tanto sofrimento, pois aqui “o fogo nunca apaga e o bicho nunca morre”.

Por falar em Deus, tenho ódio e medo dele, pois me lembro que quando sofri parada cardiorrespiratória e morri, fui levado até o trono Dele, contemplei sua face de ira, e minha culpa foi de não ter aceitado Jesus como salvador, não ter virado crente e passado a ser membro de uma igreja, não ter abraçado a “reta doutrina” com seus dogmas.

Então perguntei a Ele, se era justo eu ser lançado no fogo do inferno com os maiores monstros da humanidade, sendo que fui uma pessoa até boa em vida, ajudei meu próximo na medida do possível, claro, cometi alguns erros, mas até ai, tudo bem, porque quem é que não erra, não é mesmo?

Mas ele me disse que tinha que ser assim, porque afinal das contas, eu não tinha me tornado crente e aceito Jesus.
Então eu perguntei atônito para Ele que a questão toda não era os crimes cometidos, ou as justiças praticadas, mas sim, apenas aceitar ou não Jesus, e Ele balançou afirmativamente a cabeça.

Mas eu ainda repliquei dizendo que se Jesus era mesmo o único caminho para ser salvo, porque o onisciente, aquele que sabe de todas as coisas não resolveu mandar ele em pleno século da alta tecnologia, pois assim todas as televisões do mundo e demais veículos de informação, noticiariam a vinda de Jesus, e conseqüentemente mais pessoas saberiam, e não teriam assim bilhões sem ao menos ouvir o nome dele.

Ou então, não enviasse, pois se assim fosse, ninguém precisaria ter que saber sobre ele e nem muito menos acreditar nele, conseqüentemente ninguém seria culpado.

Mas Ele nada me respondeu.
Então eu continue dizendo uma ultima coisa:
“Se você realmente nós ama, porque então criou o inferno? Se você nos condenasse a alguns anos no mesmo, talvez se relativizasse a condenação, sendo mais justo ao determinar que a vida de cada um fosse o que determinaria sua própria quantidade de anos no inferno, mas não, decidiu que seria por toda eternidade.... onde estas sua justiça?”

Então sem mais nenhuma palavra, bateu o martelo condenando-me ao inferno por toda eternidade.
E agora, resta-me o desespero eterno, como também a sede por justiça, mas afinal, que sou eu mesmo para discutir se Ele é o todo-poderoso?

Quando de repente.....

Tocou o despertador e eu acordei encharcado de suor, com a bíblia aberta em cima de mim, justamente na pagina que falava do juízo final. Então sem hesitar, peguei o livro rasguei todo e jogue no lixo, e decidi que dali em diante, eu não leria mais aquelas porcarias, e passaria a ler muito mais poesias, poemas, romances e literaturas, pois minha alma rejeitou completamente o Deus juiz cristão.


Por Marcio Alves

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TUDO É VERDADE...


TUDO É VERDADE (João Alexandre)


Vaidade no comprimento da saia,
Vaidade no cumprimento da lei.
Vaidade exigindo prosperidade,
Por ser filho do Rei.
Vaidade se achando a igreja da história,
Vaidade pentecostal.
Vivendo e correndo atrás do vento,
Tudo é vaidade.

Vaidade juntando a Fé e a vergonha,
Chamando todos de irmãos.
Vaidade de quem esconde a verdade,
Por ter o povo nas mãos.
Vaidade buscando Deus em si mesmo,
Querendo fugir da Cruz;
Não crendo e sofrendo,
Perdendo tempo, tudo é vaidade.

Falsos chamados apostolados,
O lado oposto da Fé.
Dinheiro saúde, felicidade;
Aquele que tem contra Aquele que É!
Rádios, tv's, auditórios lotados,
O evangelho da marcha-a-ré!
A morte se esconde atrás dos templos,
Tudo é vaidade...

João Alexandre

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SALMO 23


O Senhor é meu Pastor e nada me faltará,
Descanso em verdes pastos
Junto às águas sim Ela me dará.
De minha vida vai cuidar,
Pelo seu caminho me orientar.
Mesmo que no vale da sombra da morte eu tenha, eu tenha que andar.
Sei que nada temerei, pois ao meu lado Ele vai estar.
Na presença do inimigo o Seu amor Ele me dará.
Com bençãos abundantes,
Misericórdias incessantes
Da Sua mão eu receberei.
E então com Ele eu viverei
Pra sempre... Pra sempre...
No Seu lar...

Ralf Carmichael

domingo, 16 de janeiro de 2011

"Deus está morto"


“DE

U"Deus está morto"S ESTÁ MORTO”

 é uma frase muito citada do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Aparece pela primeira vez em A gaia ciência, na seção 108 (Novas lutas), na seção 125 (O louco) e uma terceira vez na seção 343 (Sentido da nossa alegria). Uma outra instância da frase, e a principal responsável pela sua popularidade, aparece na principal obra de Nietzsche, Assim falava Zaratustra.

Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!

"Deus está morto" é talvez uma das frases mais mal interpretadas de toda a filosofia. Entendê-la literalmente, como se Deus pudesse estar fisicamente morto, ou como se fosse uma referência à morte de Jesus Cristo na cruz, ou ainda como uma simples declaração de ateísmo são ideias oriundas de uma análise descontextualizada da frase, que se acha profundamente enraizada na obra nietzscheana. O dito anuncia o fim dos fundamentos transcendentais da existência, de Deus como justificativa e fonte de valoração para o mundo, tanto na civilização quanto na vida das pessoas — segundo o filósofo, mesmo que estas não o queiram admitir. Nietzsche não se coloca como o assassino de Deus, como o tom provocador pode dar a entender: o filósofo enfatiza um acontecimento cultural, e diz "fomos nós que o matamos".

A frase não é nem uma exaltação nem uma lamentação, mas uma constatação a partir da qual Nietzsche traçará o seu projeto filosófico de superar Deus e as dicotomias assentes em preconceitos metafísicos que julgam o nosso mundo — na opinião do filósofo, o único existente — a partir de um outro mundo superior e além deste. A morte de Deus metaforiza o fato de os homens não mais serem capazes de crer numa ordenação cósmica transcendente, o que os levaria a uma rejeição dos valores absolutos e, por fim, à descrença em quaisquer valores. Isso conduziria ao niilismo, que Nietzsche considerava um sintoma de decadência associada ao fato de ainda mantermos uma "sombra", um trono vazio, um lugar reservado ao princípio transcendente agora destruído, que não podemos voltar a ocupar. Para isso ele procurou, com o seu projecto da "transmutação dos valores", reformular os fundamentos dos valores humanos em bases, segundo ele, mais profundas do que as crenças do cristianismo.

Segundo ele, quando o cheiro do cadáver se tornasse inegável, o relativismo, a negação de qualquer valoração, tomaria conta da cultura. Seria tarefa dos verdadeiros filósofos estabelecer novos valores em bases naturais e iminentes, evitando que isso aconteça. Assim, a morte de Deus abriria caminho para novas possibilidades humanas. Os homens, não mais procurando vislumbrar uma realidade sobrenatural, poderiam começar a reconhecer o valor deste mundo. Assumir a morte de Deus seria livrar-se dos pesados ídolos do passado e assumir sua liberdade, tornando-nos eles mesmos deuses. Esse mar aberto de possibilidades seria uma tal responsabilidade que, acreditava Nietzsche, muitos não estariam dispostos a enfrentá-lo. A maioria continuaria a necessitar de regras e de autoridades dizendo o que fazer, como julgar e como ler-o-mundo.

http://conversateologica.com/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO

A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO



            A humanidade tem um duplo problema conseqüente do pecado e da queda.
            1) A corrupção da natureza humana no intelecto, no emocional e no volitivo. Este problema é anulado pela regeneração que reverte à direção e as tendências gerais da natureza humana.
            2) Outro Problema persiste: nossa culpa ou passibilidade de punição por não ter-mos cumprido as expectativas de Deus.  Somos por natureza filhos do mal e pecadores. (Romanos 3:23/ Tito 3:3) É desse problema que trata a justificação.
            Definição de justificação: é o ato de Deus declarar que os pecadores são justos aos seus olhos. É um ato forense, imputando a justiça de Cristo ao crente. Deus é nosso Juiz (Salmos 9:4) é a inversão da atitude de Deus para com o pecador, por causa da nova relação do pecador para com Cristo. Deus condenou agora Ele absolve. A justificação é um ato declarativo (Romanos 3: 20, 24,28). A justificação se divide em três tópicos, vejamos:
1)      A remissão da pena
 A pena pelo pecado é a morte, separação de Deus. (Gênesis 2:16,17/Romanos 5:12-17). Para que haja salvação é necessário haver remissão da pena. A pena foi removida pela morte de Cristo. (Isaías 53:4-6) permitam-me abrir um parêntese: (se cristo levou nossas dores e enfermidades, porque então ficamos doentes? Resposta: Há conseqüências eternas e temporais do pecado. As eternas são anuladas, as temporais não. 2Samuel 12:13 e 14). É pela Graça (Efésios 2:8 e 9).
2)      Restauração ao favor
Definição de favor: benevolência, aprovação, parcialidade, consideração          amistosa a partir de um ser superior, graça especial.
O pecador não somente também incorreu no castigo, mas também caiu do favor de Deus (João 3:36/ Romanos 1:18, 5:9). Remissão é uma coisa, restauração é outra. Ex.: um criminoso que foi perdoado pode ser restaurado aos seus direitos civis se o castigo revogado envolver a perda deles, mas não está reconciliado à sociedade. Não está restaurado ao favor. A justificação, no entanto, assegura a restauração ao favor e a comunhão de Deus. Tornando-nos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus (Gálatas 3:26). Havendo restauração os pecados são apagados da memória de Deus (Hebreus 10:17). Com a remissão da pena, não apenas somos libertos da sujeição ao castigo, como também somos restaurados a uma posição de favor em relação a Deus. Transferência de um estado de alienação e hostilidade, para um estado para um estado de aceitação e favor (João 1:12).
3) Imputação da Justiça
Debitar a alguém (Filemom 18). O pecador precisa ser perdoado por seus pecados passados, mas também receber uma justiça positiva antes de poder ter comunhão com Deus. Esta necessidade é satisfeita com a imputação da Justiça de Cristo ao crente. Davi declara bem o homem a quem Deus não atribui iniqüidade (Salmos 32:1,2). Deus nos justifica, remindo nossa pena, restaurando o favor e imputando a Justiça de Cristo, independente de boas obras (Romanos 4:4-8/2Corintios 5:21). Cristo se tornou da parte de Deus Sabedoria e Justiça (1Corintios 1:30). A Justiça de Deus é revelada no evangelho de fé em fé (Romanos 1:17). A Justiça de Cristo é a veste nupcial que está pronta para todo aquele que aceita o convite para o banquete (Mateus 22:11,12 / Lucas 15:22-24). O padrão de Deus não baixa e não muda em nosso favor, é preciso aceitar, sem sombra de variações, o sacrifício de Cristo. E em conseqüência, crescer em santidade.

“Pois está escrito: sede santos, porque Eu Sou Santo.” (1Pedro 1:16)

Continua...

Anderson Luiz de Souza

BIBLIOGRAFIA:

1- PALESTRAS EM TEOLOGIA SISTEMÁTICA - Thiessen, Henry Clarence.
2- INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Erickson, Millard J.
3- BÍBLIA REVISTA E ATUALIZADA – Almeida, João Ferreira de.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

NUNCA MAIS...


   Nunca mais...


Nunca mais digo que não vou errar outra vez...
Nunca mais digo: - eu não vou repetir!
Nunca mais digo que não vou magoá-la...
Nunca mais digo que não vou fazer rolar lagrimas de meus filhos,
Nunca mais, só isto... Nunca mais.
Nunca mais digo que uma amizade é eterna,
Nunca mais digo que a inimizade é pra sempre...
Nunca mais digo que não vou pedir perdão,
Nunca mais digo que não vou perdoar.
Nunca mais digo que descreio do bem,
Nunca mais digo que o mal não existe!
Nunca mais digo que descreio da existência de Deus,
Nunca mais digo que o diabo não é real.
Nunca mais digo: - eu prometo!
Nunca mais prometo o que não vou cumprir.
Nunca mais, só isto... Nunca mais...
Nunca mais digo que a teologia supera a ciência,
Nunca mais digo que a ciência explica o que hoje sou...
Nunca mais digo que sou e sim digo que estou!
Nunca mais digo: - vou vencer só pelas minhas forças!
Nunca mais, só isto... Nunca mais...
Nunca mais digo que nunca mais...
Uma atitude é muito mais do que dizer que nunca mais...

Anderson Luiz de Souza

sábado, 8 de janeiro de 2011

DOR E ANGUSTIA



Depressão que me atormenta,
O ósculo do diabo sente-se na carne!
Roendo-me até os ossos... Quanta dor!

E eu pergunto-me, onde estás?

Ainda mais uma vez, mas não o vejo,
Não o sinto, mas insisto em crer em Ti!
Grito e clamo, mas ninguém me ouve.
Uma oração, um clamor, e nada!
Sinto-me sozinho na tribulação...
Talvez devesse apostatar,
Indo ao encontro do que não creio,
Ao menos talvez ele me ouça, talvez ele exista...

            Anderson Luiz de Souza

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

UM HOMEM CANSADO



Estou cansado... Muito cansado.
Cansado de fingir que sou o que não sou,
Cansado de ser o que sou mesmo sem querer.
É disto que estou cansado! Sou e não estou!

Estou mesmo cansado... Só cansado.
Cansado de viver sem querer,
Viver por viver? Melhor morrer!
Não! Ainda é melhor viver!

Viver diferente... A Vida, a Palavra, o Logos...
Estou e não sou, em Cristo serei diferente.
Mas queria hoje falar que estou cansado,
Só isto... Sou homem... Sou gente...


Anderson Luiz der Souza



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