quarta-feira, 22 de junho de 2011

Deep Purple - The London Symphony Orchestra 99'


DEEP PURPLE 69-99 por haleeva

Cadê o pecado que estava aqui?


Nos últimos dias uma pergunta irritante tem me perseguido: o que aconteceu com o pecado?
Ou o povo anda muito santo... ou foi o pecado que fez as malas e foi embora! Também, com tanto apóstolo, bispo, herói, mulher maravilha, campeão, vitorioso, vice-Deus... O pecado deve estar com vergonha dos crentes.
Outra pergunta igualmente irritante insiste em me atormentar: se ninguém mais peca, o que fazemos com Cristo? E a cruz? A quem ela confronta? Pra quê, afinal, olhar para o sacrifício da cruz?Aliás, se ninguém mais peca, o que a gente anda fazendo na igreja com aquelas orações todas, aqueles cânticos e aquele livro... a Bíblia (lembra?)
Está se fortalecendo na mentalidade gospel um novo pecado: menos nocivo, menos fedido, menos feio, menos agressivo. Mais light, mais flex, mais clean. Mais dissimulado, mais perigoso, mais nojento, mais anti-Deus. É o ateísmo do coração: "Diz o tolo em seu coração: não há Deus" (Sl. 14). Esse novo pecado é a marca do velho homem.
Essa nova igreja - sem pecado - mas com muito dinheiro, acha que pode comprar o céu, atingir a Majestade nas alturas com seus gritinhos frenéticos de "tome posse!" Uma igreja cheia de gente, mas vazia de Deus. Uma igreja, como disse John Stott numa entrevista recente, "com 5 mil quilômetros de extensão, por 5 centímetros de profundidade". Igreja da facilidade, casa da neurose, ambiente de paixões efêmeras.
Meu amigo leitor desse espaço perigoso: pecado ainda é pecado e só sai pela boca! É confessando - e deixando - que a gente alcança misericórdia (Pv. 28. 13). O pecado ainda fere, arrasa, adultera, desconfigura, bestializa, violenta a pureza. Ainda machuca o coração de Deus. Mas, como o apóstolo Paulo mesmo bradou: "... Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça" (Rm. 5. 20).
Como dizia Lutero: "Não tenho nenhum outro nome: Pecador é meu nome, Pecador é meu sobrenome".
Até mais... pecador

Alan Brizotti, o principal

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CONVERSA PROFUNDA COM A ESPOSA.


Ontem, minha esposa e eu estávamos sentados na sala, falando das muitas coisas da vida. 
Falávamos de viver ou morrer. Então, eu lhe disse:
 
-Nunca me deixe viver em estado vegetativo, dependendo somente de uma máquina e líquidos. Se você me vir nesse estado, desligue tudo o que me mantém vivo, por favor!
 
Ela se levantou, desligou a televisão, o computador , o ventilador e jogou minha cerveja fora. 

Não é uma sacana?
 rsrsrs

quinta-feira, 16 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Assista a este emocionante vídeo

É realmente muito emocionante ver a força de vontade das pessoas e como querem vencer. Como pode ter uma voz tão bela e emocionante e nunca ter tido oportunidade? E nós temos que nos contentar com o latino! kkkkk

segunda-feira, 13 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A PARÁBOLA DO BEM E DO MAL DA GRAÇA


A PARÁBOLA DO BEM E DO MAL DA GRAÇA


Mateus 19-20
 

O jovem rico que tentara brincar de vida eterna com Jesus, já havia ficado para trás. Também já havia acontecido aquela conversa de Jesus com os discípulos sobre a dificuldade humana do rico herdar o reino dos céus, sendo mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha; e os discípulos já tinham ficado chocados com tal afirmação; e já haviam perguntado: “Sendo assim, quem pode ser salvo?”

O que ainda não havia ficado para trás foi o olhar de Jesus, quando fitou os olhos deles, e lhes disse:

Isto é impossível aos homens, mas a Deus tudo é possível.

Então Pedro, tomando a palavra, disse-Lhe:

Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que RECOMPENSA, pois, teremos nós?

A resposta de Jesus foi cheia de misericórdia, porém, carregava também uma preparação para eles mesmos.

Isso porque os líderes religiosos de Israel achavam que os seguidores de Jesus—gente como Pedro—eram pessoas do último grupo humano.

Por isto, aos fariseus, Jesus fazia o dito “há primeiros que serão últimos; e últimos que serão primeiros” ser algo que chegava como uma ofensa a todos os sentidos.

Afinal, como entre aquela plebe que nada sabia da Lei poderia haver alguém que ficasse entre os primeiros?

Agora, porém, Jesus está falando com os discípulos, e a questão passou a ser de recompensa, tema que imediatamente leva o ser humano para o mesmo sentir dos fariseus; pois, pela recompensa se estabelece a “classe”—indo de primeiros à últimos.

Eis a resposta misericordiosa de Jesus, e que veio afofar as alminhas necessitadas de todos os humanos, que quase sempre precisam de alguma recompensa para ser.

Ele lhes disse:

Em verdade vos digo a vós que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, que sereis assentados também sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.

Israel será julgado pelos últimos na perspectiva de Israel, aquela “plebe que nada sabe da Lei”, como eles mesmos diziam então.

Minha esperança é que todos os apóstolos sintam a compaixão de Paulo, que afirmou preferir ele mesmo ir para a condenação do inferno, se isto trouxesse salvação para Israel.

Hipérbole, é claro! Paulo sabia Quem salvava quem. Ele apenas expressa compaixão visceral.

Ora, se prevalecer no coração apostólico a paixão misericordiosa de Paulo, todo Israel será salvo, conforme Romanos 9-11.

Então Jesus prossegue:

E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes mais, e herdará a vida eterna. Entretanto, muitos que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos, serão primeiros.

Então, ato contínuo, Jesus olha para os discípulos e lhes diz:

Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa, que saiu de madrugada buscando contratar trabalhadores para lavrarem a sua vinha.

Ajustou com os trabalhadores o salário de um denário por dia, e mandou-os para a sua vinha.

Por volta das nove da manhã ele saiu, e viu que outros estavam ociosos na praça, e disse-lhes: Ide também vós para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.

Outra vez saiu, por volta do meio dia e depois às três da tarde; e fez o mesmo com outros que encontrou.

Quando já era quase cinco da tarde ele saiu outra vez e achou alguns homens à toa na praça, e perguntou-lhes: Por que estais aqui ociosos o dia todo?

Responderam-lhe eles: Porque ninguém nos contratou.

Então o homem lhes disse: Ide também vós para a vinha.

Uma hora depois deles chegarem para trabalhar, anoiteceu. Então o dono da vinha disse ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até os primeiros.

Chegando, pois, os que tinham ido por volta das cinco da tarde, e receberam um denário cada um.

Ao chegarem então os primeiros, pensaram que haveriam de receber mais, visto haverem trabalhado muito mais tempo; porém, receberam um denário cada um.

E ao recebê-lo, murmuravam contra o proprietário, dizendo:

Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualastes a nós, que suportamos a fadiga do dia inteiro e o forte calor.

Mas o dono da vinha, respondendo, disse a um deles:

Amigo, não te faço injustiça; não ajustastes comigo um denário? Toma o que é teu, e vai-te; eu quero dar a este último tanto como a ti.

E ele prosseguiu:

Não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou é mau o teu olhar porque eu sou bom?

E concluiu:

Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.

Nesta parábola nós temos uma quantidade enorme de temas que são cobertos. Há nela a história da civilização, a história de Israel, a história da Igreja, e a história do processo de auto-percepção dos indivíduos.

Há cinco grupos de trabalhadores nesta parábola. Somente o primeiro grupo tinha um “acordo” Formal e Legal com o dono da vinha.

Três dos outros grupos foram acreditando na justiça dele. E o último grupo apenas respondeu a razão da ociosidade na praça, e atendei a ordem dele: Ide também vós para a vinha.

E eles foram, sem contrato, sem acordo, sem esperança de qualquer direito; apenas foram...

Assim é o Reino de Deus num mundo caído. Esta mensagem do Reino está se materializando hoje, em todas as dimensões antes por mim mencionadas, visto que há nela a história da civilização, a história de Israel, a história da Igreja, e a história do processo de auto-percepção dos indivíduos.

Esse processo do Reino está em curso. Naqueles dias eram os fariseus que melhor encarnavam o papel dos contratados da primeira hora. Eles achavam que eles eram aqueles que haviam “garantido” a vinha. Em seus corações havia a certeza de sua “oficialidade” para com Deus. Eles tinham um “contrato”.

E já que também se julgavam justos, achavam-se no direito de questionar a qualquer profeta que se fizesse acompanhar de gente tão estranha e vadia; sim, gente que nunca nada havia feito pela Causa da Vinha. Mas, sobretudo, eles criam que seus esforços de manutenção estrita do contrato legal—a Lei de Moisés—lhes dava direitos e muitas vantagens; afinal, eles eram os primeiros.

Portanto, a parábola caiu direto na cabeça dos religiosos dos dias de Jesus, e que murmuravam Dele, do que dizia, fazia, e da misericórdia transgressora que Ele praticava.

Os que foram esperando receber justiça nada reclamaram. Afinal, no Reino, o pior que pode acontecer é justiça.

Então vem o grupo que não esperava nada. Eles eram aqueles que foram para serem salvos de sua própria vadiagem e falta de propósito, visto que ninguém os chamava; e eles mesmos já não criam que seriam chamados para nada. Portanto, quando foram chamados, nem pensaram em recompensa, mas apenas viram no chamado a própria recompensa.

Os da Lei vêem isto e se ofendem. É injusto. Eles julgaram que o tempo lhes dava direitos societários na vinha, e que o salário virara apenas uma questão de bônus proporcionais ao tempo de serviço e ao esforço feito.

Do ponto de vista sindical eles seriam modernos!

Mas o Reino não é um sindicato; visto que o dono da vinha é o Justo, e a Ele tudo pertence; inclusive a oportunidade de dar o trabalho.

A doença deles era a Justiça Própria. E o problema deles era o Ressentimento e a Inveja.

Justiça própria é a doença da espiritualidade que julgue que possuiu um Acordo com Deus.

Ressentimento é o sentimento que habita o coração de todo aquele que é cheio de justiça própria, e que fica com raiva de Jesus e dos que Ele perdoa.

Afinal, que justiça há no perdão senão aquela que o homem que a si mesmo se chama justo considera como injustiça?

Perdão não é Justiça. Perdão é a injustiça que a misericórdia pratica!

A inveja é o resultado dessa competição com aquele que o “justo”, ou o “direito”, ou o “legal” chama de “vadio da última hora”; ou chama ainda de “ocioso da graça”.

É a mesma doença do irmão mais velho da parábola do filho pródigo.

É a mesma doença da mulher de Ló.

É a mesma doença dos irmãos de José.

É a mesma doença de Saul.

É a mesma doença dos sacerdotes em seu ódio contra os profetas.

É a mesma doença dos fariseus em relação aos publicanos, pecadores, pescadores, meretrizes, Zaqueus, Madalenas, Pedros, e gentios.

É a mesma doença do Sinédrio de Israel, “pois por inveja O entregram”.

É a mesma doença de Sallieri em relação a Mozart.

É a inveja...

Aquilo que os que não esperam nada, senão significado, transforma-se em alegria e festa; para os da Lei significa injustiça, ressentimento, e inveja.

Assim, o Reino comete a injustiça da misericórdia; visto que a justiça é apenas o que é; porém a misericórdia faz o que não é, passar a ser. Por isto é que a misericórdia triunfa sobre o juízo.

É por esta razão que eu não creio nos contratos que os homens crêem que têm com Deus.

Eu prefiro a surpresa. Afinal, que pacto tenho eu feito com Deus, senão o pacto que Ele fez comigo?

Ele fez uma aliança comigo. Eu apenas bebo do cálice.

Os da Lei receberam conforme o contratado; e, segundo Paulo, não é um bom negócio.

Mas os da Graça—esses que simplesmente crêem—haverão de receber infinitamente mais do que qualquer coisa; e melhor será para eles se não pedirem para si mesmos nada; deixando tudo com Ele.

Há muitas coisas na terra, no céu, em baixo da terra, no presente, no porvir, no mundo espiritual, e, certamente, também há criaturas, que podem me separar de meu amor por Deus.

Todavia, nenhuma dessas coisas pode me separar do amor de Deus por mim. Isto, porque eu sei que é Ele quem garante a minha vida; e eu não quero Dele nada, senão significado para ser, Nele; e não tenho nada a comparar; e nem ninguém que eu ache que está no meu lugar; e nem me apresento a Ele com nenhuma expectativa. Tudo que vier de Sua boca para mim, eu sei, é bom.

Todavia, a parábola de Jesus não ficou condicionada ao tempo e ao espaço. Ela é viva. Daí Jesus ter dito também aos discípulos que soubessem que também entre eles essa doença pegaria. E que, portanto, o mesmo que se dizia aos fariseus e autoridades religiosas que julgavam a eles, os discípulos; também os próprios discípulos poderiam vir a dizer uns dos outros, e praticar uns contra os outros; e pior contra o próximo.

Assim, em cada fariseu pode haver um discípulo—Saulo de Tarso nos dá testemunho disto. Mas também em cada discípulo pode nascer um fariseu.

Desse modo, a advertência escatológica feita por Jesus incide sobre todos os homens, cristãos, e não cristãos. E é um princípio que Ele aplica no mundo inteiro.

Afinal, Jesus está falando do Reino de Deus, não de Israel e nem da Igreja apenas.

O Reino Deus acontece sobre tudo o que existe. E se esse é um princípio do Reino, sua obediência deveria nos fazer esquecer todos os contratos e todas as barganhas com Deus, e a nos desvestirmos de todas as nossas certezas e presunções; e, assim, entregarmo-nos sem complicações apenas aos cuidados da Graça de Deus.

Se Ele quiser dar a todos o que deu ao melhor de todos nós, que assim seja. Afinal, quem entre nós jamais mereceu qualquer coisa?

Senhor, basta-me ouvir-te gritar da Cruz: Tetelestai!

Estou satisfeito com os tesouros que não me prometeste; exceto depois que fiquei sabendo que já eram meus!



Caio

sábado, 4 de junho de 2011

O salvador e seu próximo (Fomentado por PAULO BRABO)


Qual dos dois fez a vontade do pai?
Mateus 21:31
Certo salvador, depois de sua ressurreição, descia de Jerusalém quando veio a cair em mãos de salteadores, que queriam roubar-lhe tudo, causar-lhe muitos ferimentos e deixá-lo como morto. Escapando deles, o salvador tomou uma vereda próxima que levava secretamente ao Paraíso, mas seu testamento caiu na beira da estrada, onde ficou por dois mil anos.
Casualmente, subia um católico por aquele mesmo caminho, e vendo o testamento, pisou-o e seguiu adiante. Semelhantemente, um evangélico subia por aquele lugar e, vendo o testamento, também passou-lhe por cima.
Certo ateu, que seguia o seu caminho, passou perto do testamento e, vendo-o, compadeceu-se, dizendo:
– Esse era um homem bom e bem-intencionado, e suas idéias eram belas e ousadas. É injusto que seu testamento permaneça sem ser cumprido.
E, chegando-se, tomou o testamento e levou-o consigo para sua cidade, onde cumpriu os últimos desejos do salvador em que não cria, atentando para eles e reparando-lhe a honra.

ESCATOLOGIA A APOSTASIA



ESCATOLOGIA

A APOSTASIA

A Palavra revela que nos últimos tempos haverá uma apostasia generalizada. Jesus, em Mateus 24:12, profetizou que, por se multiplicar a iniqüidade, o amor (ágape) de muitos esfriaria. Já o apóstolo Paulo, em estreita submissão à Palavra do Mestre, coloca como um evento anterior à revelação do iníquo (anticristo), a já mencionada apostasia (II Tessalonicenses 2:3).
O verbo “apostatar”, considerando sua raiz semântica, está relacionado à idéia de “afastar-se de algo”. Apostasia, dentro do contexto bíblico, é o desvio ou afastamento consciente da verdadeira fé. Conseqüentemente, vemos aqui uma reação em cadeia: a multiplicação crescente da iniqüidade (Mateus 24:12 ), gera uma apostasia de grandes proporções (II Tessalonicenses 2:3) , a qual, por sua vez, tornará propicia a revelação do anticristo.Podemos afirmar que o surgimento e revelação do anticristo estão intimamente ligados ao desvio da verdadeira fé por parte de muitos.  
O COMEÇO DA APOSTASIA
A fé da igreja primitiva estava baseada na Palavra. Jesus deixou-nos um exemplo precioso, ao basear Seu ministério sobre sentenças e revelações da Palavra. Esse exemplo foi seguido pelos apóstolos. Contudo, a partir do século IV, esses preciosos exemplos começaram a ser deixados de lado. Práticas sem nenhum embasamento escriturístico nem histórico (quando comparadas às práticas da Igreja nos três primeiros séculos), começaram a ser adotadas no seio da Igreja.
No sermão profético ministrado por Jesus no Monte das Oliveiras e registrado em Mateus 24 (entre outras passagens), o Senhor mantém uma ordem lógica dos acontecimentos. Notem que no começo do sermão, o Mestre alerta seus discípulos a respeito do surgimento de “falsos cristos”. Logo após, Ele vai descrevendo eventos numa seqüência lógica: princípio de dores (versículos 6-8) , perseguição à Igreja (versículos 9-10), apostasia-pregação mundial do evangelho (versículos 12-14), abominação da desolação (versículos 15-20), grande tribulação (versículos 21-27) e volta de Cristo (versículos 29-31). É uma seqüência linear!
Então, levando em consideração essa ordem lógica revelada por Cristo em seu sermão profético, notamos algo interessante. O Mestre relaciona a presença e atuação de “falsos cristos” e “falsos profetas” em 3 momentos cruciais das épocas retratadas em seu sermão registrado em Mateus 24:
1 . Num aspecto geral (versículos 5). Jesus, logo no começo do sermão profético, associa o engano ao surgimento de “falsos cristos” ou pessoas dizendo “eu sou o cristo”. Cremos que, ao usar esses conceitos logo no início de seu sermão profético, o Senhor revela o principal propósito do sermão em si, que é o de alertar e o de situar seus servos em meio aos acontecimentos, colocando a existência do engano e daqueles que enganam (os “falsos cristos”) como algo que se repetiria durante toda a história, até a sua vinda.
2 . No momento de perseguição, relacionado ao princípio de dores (versículo11). Note que, depois de descrever os eventos que fazem parte do princípio de dores, Jesus diz: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome” (Mateus 24:9). Logo após revelar essa perseguição executada “por todas as nações”, o Mestre relaciona mais uma vez o surgimento de engano: “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos” (Mateus 24:11). Aqui nos deparamos com duas possíveis linhas de interpretação para entender o porquê deste segundo aviso dado pelo Mestre a respeito do surgimento de enganadores. Ou o Senhor estava usando uma repetição para dar ênfase à existência do engano, ou o Senhor relacionou de forma específica essa segunda menção aos enganadores ao momento que Ele estava abordando dentro do sermão. Levando em consideração a seqüência lógica adotada pelo Mestre no sermão profético, cremos que Ele nos alerta a respeito dos “falsos profetas” num momento diretamente relacionado ao começo da perseguição mundial contra a Igreja.
Há uma passagem no livro de Jeremias, na qual o profeta retrata a existência de falsos profetas, os quais, diante das profecias divinas que revelam destruição, juízo, perseguição e tribulação, profetizam “paz”. Note que profeta revela que “nos últimos dias entendereis isso claramente”... Vejamos o texto:
 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do SENHOR. Dizem continuamente aos que me desprezam: O SENHOR disse: Paz tereis ; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós . Porque, quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra, e ouviu? Eis que saiu com indignação a tempestade do SENHOR; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira do SENHOR, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração ; nos últimos dias entendereis isso claramente .” (Jeremias 23:16-20)
Ainda falando dos mesmos “últimos dias”, o apóstolo Paulo nos mostra:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (II Timóteo 4:3-4)
Vemos então que está profetizado na Palavra do Senhor que nos últimos tempos se levantarão falsos profetas, os quais trarão uma mensagem agradável aos sentidos (conforme às concupiscências de cada um), ou seja, uma mensagem de bem-estar imediato, conformismo com este mundo e propícia à satisfação dos desejos humanos, negando qualquer possibilidade de sofrimento, perseguição e juízo para a Igreja. Um evangelho completamente distinto ao ensinado e vivido pela Igreja Primitiva. Fica aqui a nossa reflexão: Será que já não estamos presenciando isso? Vemos com muita estranheza o fato de que, na ante-sala dos eventos tribulacionais, muitos que se intitulam “cristãos” nem sequer abordam esses temas apocalípticos em suas reuniões Pelo contrário! Semeia-se subliminarmente a idéia de que é possível viver um paraíso já neste mundo e que qualquer hipótese se experimentar os eventos relacionados à perseguição profetizada pelo próprio Cristo em Mateus 24:9-10, não se aplicam a nossa época! Será que somos mais “especiais” que Pedro, Paulo, Tiago, Estevam, etc? Ou será que tais “profecias agradáveis” fazem parte do engano já profetizado para os últimos tempos?...
Chegamos à conclusão que os “falsos profetas”, mencionados pelo Senhor em Mateus 24:11, são enganadores específicos que se levantarão ou, em alguns casos, já se levantaram, no período relacionado ao princípio de dores, com o objetivo de apresentar um evangelho deturpado à Igreja, levando-a a ficar despreparada para a perseguição mundial e institucional que se aproxima. É hora de ficarmos atentos aos sinais, “comer” a Palavra e não dar ouvidos a falsos profetas que tentam negar aquilo que está profetizado. Pouco antes de ser martirizado, o apóstolo Paulo deixa um de seus derradeiros conselhos ao jovem Timóteo:
 Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra .” (II Timóteo 2:3-4)
Pr.Jorge de O. Bezerra
Autor do livro “Terceiro Milenio! E agora?”
Igreja Batista Brasileira Central da Flórida

sexta-feira, 3 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ECOLOGIA SOCIAL EM FACE DA POBREZA E DA EXCLUSÃO (Leonardo Boff)




Hoje se fala das muitas crises sob as quais padecemos: crise econômica, energética, social, educacional, moral, ecológica e espiritual. Se olharmos bem, verificamos que, na verdade, em todas elas se encontra a crise fundamental: a crise do tipo de civilização que criamos a partir dos últimos 400 anos. Essa crise é global porque esse tipo de civilização se difundiu ou foi imposto praticamente ao globo inteiro.

Qual é o primeiro sinal visível que caracteriza esse tipo de civilização? É que ela produz sempre pobreza e miséria de um lado e riqueza e acumulação do outro. Esse fenômeno se nota em nível mundial. Há poucos países ricos e muitos países pobres. 

Nota-se principalmente no âmbito das nações: poucos estratos beneficiados com grande abundância de bens de vida (comida, meios de saúde, de moradia, de formação, de lazer) e grandes maiorias carentes do que é essencial e decente para a vida.

Mesmo nos países chamados industrializados do hemisfério norte, notamos bolsões de pobreza (terceiromundialização no primeiro mundo) como existem também setores opulentos no terceiro mundo (uma primeiromundizalização do terceiro mundo), no meio da miséria generalizada.

As críticas a seguir visam a denunciar as causas dessa situação.

Há três linhas de crítica ao modelo de civilização e de sociedade atual, como foi sobejamente apontado por notáveis analistas.

A primeira é feita pelos movimentos de libertação dos oprimidos. Ela diz: o núcleo desta sociedade não está construído sobre a vida, o bem comum, a participação e a solidariedade entre os humanos. O seu eixo estruturador está na economia de corte capitalista. Ela é um conjunto de poderes e instrumentos de criação de riqueza e aqui vem a sua característica básica mediante a depredação da natureza e a exploração dos seres humanos.

A economia é a economia do crescimento ilimitado, no tempo mais rápido possível, com o mínimo de investimento e a máxima rentabilidade. Quem conseguir se manter nessa dinâmica e obedecer a essa lógica, acumulará e será rico, mesmo à custa de um permanente processo de exploração.

Portanto, a economia orienta-se por um ideal de desenvolvimento material que melhor chamaríamos, simplesmente, de crescimento, que se coloca entre dois infinitos (...): o dos recursos naturais pressupostamente ilimitados e o do futuro indefinidamente aberto para frente.

Para este tipo de economia do crescimento, a natureza é degradada à condição de um simples conjunto de recursos naturais, ou matéria-prima, disponível aos interesses humanos particulares. Os trabalhadores são considerados como recursos humanos ou, pior ainda, material humano, em função de uma meta de produção.

Como se depreende, a visão é instrumental e mecanicista: pessoas, animais, plantas, minerais, enfim, todos os seres perdem os seus valores intrínsecos e sua autonomia relativa. São reduzidos a meros meios para um fim fixado subjetivamente pelo ser humano, que se considera o centro e o rei do universo.

Leonardo Boff (Santa Catarina, 14 de dezembro de 1938, Filosofo e Teólogo), Ética da Vida, Ed. Vozes.

ENTREVISTA COM LEONARDO BOFF - OS CATÓLICOS DIVORCIARAM DO MUNDO E OS EVANGÉLICOS UTILIZARAM OS INTRUMENTOS DO MERCADO




O teólogo Leonardo Boff é um dos maiores críticos brasileiros ao comportamento recente da Igreja Católica. Expoente da Teologia da Libertação, foi expulso da Igreja nos anos 80, por criticar sistematicamente a hierarquia da religião. Doutor em Filosofia e Teologia pela Universidade de Munique, Boff falou a ÉPOCA sobre os principais motivos da grande perda de fiéis da Igreja Católica para as evangélicas e pentecostais no Brasil e fez críticas ao movimento carismático, comandado pelos padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo. “Eles são animadores de auditório. Isso não leva ninguém à transformação. É um Lexotan”.


ÉPOCA – O Papa Bento XVI reconheceu, no último dia 10, a enorme perda de fiéis da Igreja Católica no Brasil e a rápida expansão das evangélicas e pentecostais. A que se deve isso?

Leonardo Boff - São três causas. Primeiro, a Igreja não consegue ter padres suficientes pra atender fiéis, por causa do celibato. São 17 mil, e teriam de ser uns 120 mil. As pentecostais ocupam esse vazio. Elas vão ao encontro das demandas do povo. O povo não é dogmático, vai pro centro espírita, vai pra macumba… Em segundo lugar, a grande desmoralização que a igreja sofreu com os padres pedófilos. É a maior crise desde a Reforma Protestante. É uma crise grave, porque se desmoralizou e perdeu o conteúdo ético. A maneira como o Vaticano se comportou foi desastrosa. Tentou encobrir e depois disse que era um complô internacional. Só quando começaram a aparecer muitos casos que o papa disse que tinha que punir. Mas, mesmo assim, não mostrou solidariedade com as vítimas e nem como mudar isso. Só pensa na Igreja. Em terceiro lugar, o fato de a Igreja ter uma visão muito abstrata da realidade. Uma linguagem que o povo não entende direito.

ÉPOCA – O senhor acredita que nas últimas décadas houve um retrocesso na modernização da Igreja Católica?

Boff - João Paulo II e Bento XVI abortaram as inovações de João Paulo I e afastaram a Igreja do mundo. A Igreja não tem dialogo com as outras igrejas. Falta uma reconciliação com o mundo moderno. Desde o século XVI que a Igreja vive em briga com ele. A igreja se abriu a isso e João Paulo II, com sua visão medieval, abortou tudo isso. A Igreja não tem mais poder político. Só tem poder moral. Reforçou a estrutura hierárquica tradicional. Marginaliza mulheres, e os fiéis têm a representatividade de garis. A igreja dos anos 60 aos 80, quando surgiram a Teologia da Libertação e os movimentos de base, foi abortada. Isso tornou a igreja antipática.

ÉPOCA – O que os católicos encontram nas outras igrejas que não encontram na Católica?

Boff - O povo quer uma mensagem compreensível e simples. As evangélicas utilizam os instrumentos do mercado e são muito calcadas em cima da prosperidade. Há uma grande manipulação das expectativas e do sentimento religioso do povo. Mas, ao mesmo tempo, elas são formas de ordenar a sociedade. Muitas famílias que viviam nas drogas e na bebedeira se estruturaram, se inseriram na sociedade. Fator de ordem..


ÉPOCA – Bento XVI disse que os padres não estão evangelizando suficientemente os fiéis e que as pessoas se tornam influenciáveis e com uma fé frágil. O senhor concorda?

Boff - O problema não é evangelizar. É a maneira como se faz. O catecismo e outros símbolos imutáveis são engessados, não falam no fundo das pessoas. É um cristianismo fúnebre. O padre Marcelo Rossi está imitando as pentecostais. Há um vazio de evangelização, é a relação pessoa e Deus. É melhor escutar o padre Rossi do que escutar a Xuxa, mas é a mesma coisa. Eles são animadores de auditório. Isso não leva ninguém à transformação. É um Lexotan. Depois volta a lógica dura da vida. É uma evangelização desgarrada da vida concreta.

ÉPOCA – O papa já se mostrou não ser muito favorável aos líderes mais carismáticos, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo. Isso não complica as coisas?

Boff - O Vaticano e os bispos não gostam de ter sombra ao lado deles. E Roma não gosta disso. Por isso quer enquadrá-los. Eles são modernos e mercadológicos. Por outro lado, não levam as pessoas a refletirem sobre os problemas do mundo. O padre Rossi nunca fala dos desempregados e da fome. Só convida a dançar. Ele louva as rosas, mas esquece o jardineiro que as rega.

ÉPOCA – Qual seria a melhor forma de atrair quem anda distante da Igreja Católica?

Boff - A melhor forma é aquilo que a Igreja da Libertação faz desde os anos 70. Reunir cristãos pra confrontar a página da Bíblia com a da vida. Uma evangelização ligada ao cotidiano e às culturas locais. Uma coisa no Nordeste, outra na Coreia. Essa visão proselitista é ofensiva à liberdade humana.]

ÉPOCA – Essa tendência de crescimento das outras igrejas se reflete em outros países tradicionalmente católicos. Ela é universal?

Boff - É um fenômeno mundial chamado imigração interna do cristianismo. Muitos cristãos da Europa que estudaram estão migrando de igreja. Não aceitam esse tipo de igreja. O cristianismo na Europa é agônico. A Alemanha, por exemplo, que tem o imposto religioso, o destina para a luta contra a aids. É outra visão. Tanto que a maior religião do mundo já é a mulçumana, que cresce muito na África. É simples. Não tem padre, nem bispo. Atrai muito mais as pessoas.

Fonte: Revista Época

Íntegra do PL 122


(Nº 5.003/2001, Na Câmara dos Deputados)

Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, dá nova redação ao § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.849, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e ao art. 5º da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, definindo os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.
Art. 2º A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.”
Art. 3º o caput do art. 1º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.”
Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte Art. 4º-A:
“Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos.”
Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”
“Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos. Parágrafo único. (Revogado) “
“Art. 7º Sobretaxar, recusar, preterir ou impedir a hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou similares: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos.”
Art. 6º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 7º-A:
“Art. 7º-A Sobretaxar, recusar, preterir ou impedir a locação, a compra, a aquisição, o arrendamento ou o empréstimo de bens móveis ou imóveis de qualquer finalidade: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”
Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B:
“Art. 8º-A Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no art. 1º desta Lei: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”
“Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”
Art. 8º - Os arts. 16 e 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 16. Constituem efeito da condenação:
I - a perda do cargo ou função pública,para o servidor público;
II - inabilitação para contratos com órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional;
III - proibição de acesso a créditos concedidos pelo Poder Público e suas instituições financeiras ou a programas de incentivo ao desenvolvimento por estes instituídos ou mantidos;
IV - vedação de isenções, remissões, anistias ou quaisquer benefícios de natureza tributária;
V - multa de até 10.000 (dez mil) UFIR, podendo ser multiplicada em até 10 (dez) vezes em caso de reincidência, levando-se em conta a capacidade financeira do infrator;
VI - suspensão do funcionamento dos estabelecimentos por prazo não superior a 3 (três) meses.
§ 1º Os recursos provenientes das multas estabelecidas por esta Lei serão destinados para campanhas educativas contra a discriminação.
§ 2º Quando o ato ilícito for praticado por contratado, concessionário, permissionário da administração pública, além das responsabilidades individuais, será acrescida a pena de rescisão do instrumento contratual, do convênio ou da permissão.
§ 3º Em qualquer caso, o prazo de inabilitação será de 12 (doze) meses contados da data da aplicação da sanção.
§ 4º As informações cadastrais e as referências invocadas como justificadoras da discriminação serão sempre acessíveis a todos aqueles que se sujeitarem a processo seletivo, no que se refere à sua participação.” (NR)
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero:
§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.”
Art. 9º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 20-A e 20-B:
“Art. 20-A. A prática dos atos discriminatórios a que se refere esta Lei será apurada em processo administrativo e penal, que terá início mediante:
I - reclamação do ofendido ou ofendida;
II - ato ou ofício de autoridade competente;
III - comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.”
“Art. 20-B. A interpretação dos dispositivos desta Lei e de todos os instrumentos normativos de proteção dos direitos de igualdade, de oportunidade e de tratamento atenderá ao princípio da mais ampla proteção dos direitos humanos.
§ 1º Nesse intuito, serão observadas, além dos princípios e direitos previstos nesta Lei, todas as disposições decorrentes de tratados ou convenções internacionais das quais o Brasil seja signatário, da legislação interna e das disposições administrativas.
§ 2º Para fins de interpretação e aplicação desta Lei, serão observadas, sempre que mais benéficas em favor da luta antidiscriminatória, as diretrizes traçadas pelas Cortes Internacionais de Direitos Humanos, devidamente reconhecidas pelo Brasil.”
Art. 10. O § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.649, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 140.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.”
Art. 11. O art. 5º da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
Art. 5º Parágrafo único. Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, orientação sexual e identidade de gênero, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do caput do art. 7º da Constituição Federal.”
Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Por Reinaldo Azevedo
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