terça-feira, 26 de março de 2013

Com a insônia e a noite (um ménage)





Noite insólita, nem quente nem fria...
E a fumaça de meu cigarro traz-me ela,
A insônia... a cada trago sinto seu beijo
A cada beijo sou tragado...
Convidas-me para contigo dançar?
Eu vou, e juntos, dançamos e
Fumamos e bebemos e brindamos!
E a noite sem lua, sem brilho, sem chuva,
Consagra-me teu manto para que com ele,
Eu possa , em véu, roçar tua nudez.
No manto que te vela, meu ósculo;
E a nudez que a mim revelas, eu toco;
E a noite que nos cobre com manto, oro.
Sobra o copo quase vazio,
As cinzas em uma, no borralho.
E antes de ir-me, mas dois tragos,
Mas dois goles, para mim e para ti e,
À noite, boa noite!
Foi boa a noite...

Anderson L. de Souza

sábado, 23 de março de 2013

Entrega...




Entrega...

Eu vou, vou em busca da vida.
A vida que, de tão incerta é a certa.
Não busco sonhos nem ilusões...
Envolto em lúgubre redescoberta

Eu vou, sim, não há retrocesso.
Apenas entrega...
E nesta busca por viver vou eu
A cada dia me entregar mais e mais

Mesmo que lutuoso caminhe,
Eu vou, sim, ainda que lôbrego,
Em suas mãos me lanço,
Vou e não volto, me entrego...

Eu vou! Eu estou... Sou.

Anderson L. Souza

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

De nosso caso, um poema (meu adultério)




As vezes me sinto poeta,
certas horas me faço poeta,
outras vezes me desnudo inteiro.

Deixo minhas lágrimas escorrem pela pena
A gotejarem letras no papel.
Mas não são lágrimas, é meu deleite...

Meu deleite, teu deleite
Nosso caso impossível,
só possível com a pena e o papel...

Nosso caso, nosso abraço, nosso amor,
impossível, no possível, é real.
Surreal? Meu deleite...

És meu caso, te abraço, me arranhas,
Nosso coito, em meu gozo eu me escorro
Me esbaldo e eu grito e te explodo

Em meu grito, tu pereces
E em teu sangue com meu sêmen
Fica as manchas a escorrerem no papel.

Nasce o verso, entre tinta, sangue e sêmen.
Nasce a estrofe, entre grito, gozo e morte.
Nasce o poema, entre alma, tinta e papel.

Anderson L. de Souza


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Salve, um salve aos loucos!



Por Octavio Milliet,

 

 


Creio que um dia sou,
Mais que reste,
Que de mim sobrou?

Tais são as verdades dignas do ser,
Quem poderia falar,
Oras, não somos seres estupendamente sinceros?
Quem sabe nem mesmo somos concretos!

Defendo a vida, o amor, a paz,
não tire liberdade nunca mais!

Busco de ti o que buscares de mim,
Serei alegre, mesmo só,
Terei, porém prazer em levar junto, ir junto!
Cante comigo então:

Vida e união!
Coro de bilhão,
Somos todos alegres e fortes,
Somos mais que multidão,
Vejam, vide bela, senhoras e senhores,
Para o que vier,
O que já foi, o que der,
Defendo ética, não tão eclética...

E defendido por todos os louvores,
Compartilho da vida os sabores,
Partido por falsos amores, mas não!
Falsos amores que não mais são,
Reais e verdades trarão:
Experiências honestas.

Nada fica que não nos dê o que pensar:
Nada é apenas um falar.
Nada existe sem ser alguma coisa,
E nada deixa de ser qualquer coisa.

Então de beleza estaremos juntos,
Da mesa o pão dado a todos
Dá à mesma força dos loucos:
Estes que não dizem "não",
É deles que vieram os socorros.

Salve, um salve aos loucos!

Octavio Pinheiro Machado Milliet

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

JAQUELINE BELA




JAQUELINE BELA

http://images.sargentoanderson.multiply.com/image/l1sCqq3hMk30ByltdEto8A/photos/1M/300x300/5542/OQAAAKdr5HV-k12RH7eh9Yng6YbzNhUwkOTl65XFvPQnEXLVYvZap-XBgxjq4nnVcC0-IeBWhnbwzoaxCJMddgxuGSwAm1T1UDKN?et=ZisXqzhO7c0L5vSf5H9XTQ&nmid=0
Jasmins, rosas e crisântemos, todas as flores enfim...
Aurora boreal simplesmente ímpar em sua beleza...
Querendo apenas imitar com maestria sua a você, mas sem êxito... Enfim...
Uma incomparável beleza com sua pequena Júlia no ventre.
Embriagante beleza... Pequena... És bela com seu ventre...  Sua Julia.
Lua cheia é seu sorriso, sensual e doce, explosiva mistura!
Incomparável ser que gera outro ser... Menina linda virou mulher.
Nos teus olhos ainda vejo a pequena daquelas fotos... Mas
Ela cresceu... Virou mulher! E o que posso de ti dizer?

Beleza ímpar de mulher, corpo de mulher, jeito de menina.
Enfim o que posso de ti dizer? Menina que virou mulher?
Lamento... Mas não sei expressar tal beleza...
Aurora boreal, rosas, crisântemos e jasmins.

Anderson Luiz de Souza
  
Em homenagem a minha cunhada, irmã caçula de minha esposa anja, uma querubim.
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