sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO

A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO



            A humanidade tem um duplo problema conseqüente do pecado e da queda.
            1) A corrupção da natureza humana no intelecto, no emocional e no volitivo. Este problema é anulado pela regeneração que reverte à direção e as tendências gerais da natureza humana.
            2) Outro Problema persiste: nossa culpa ou passibilidade de punição por não ter-mos cumprido as expectativas de Deus.  Somos por natureza filhos do mal e pecadores. (Romanos 3:23/ Tito 3:3) É desse problema que trata a justificação.
            Definição de justificação: é o ato de Deus declarar que os pecadores são justos aos seus olhos. É um ato forense, imputando a justiça de Cristo ao crente. Deus é nosso Juiz (Salmos 9:4) é a inversão da atitude de Deus para com o pecador, por causa da nova relação do pecador para com Cristo. Deus condenou agora Ele absolve. A justificação é um ato declarativo (Romanos 3: 20, 24,28). A justificação se divide em três tópicos, vejamos:
1)      A remissão da pena
 A pena pelo pecado é a morte, separação de Deus. (Gênesis 2:16,17/Romanos 5:12-17). Para que haja salvação é necessário haver remissão da pena. A pena foi removida pela morte de Cristo. (Isaías 53:4-6) permitam-me abrir um parêntese: (se cristo levou nossas dores e enfermidades, porque então ficamos doentes? Resposta: Há conseqüências eternas e temporais do pecado. As eternas são anuladas, as temporais não. 2Samuel 12:13 e 14). É pela Graça (Efésios 2:8 e 9).
2)      Restauração ao favor
Definição de favor: benevolência, aprovação, parcialidade, consideração          amistosa a partir de um ser superior, graça especial.
O pecador não somente também incorreu no castigo, mas também caiu do favor de Deus (João 3:36/ Romanos 1:18, 5:9). Remissão é uma coisa, restauração é outra. Ex.: um criminoso que foi perdoado pode ser restaurado aos seus direitos civis se o castigo revogado envolver a perda deles, mas não está reconciliado à sociedade. Não está restaurado ao favor. A justificação, no entanto, assegura a restauração ao favor e a comunhão de Deus. Tornando-nos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus (Gálatas 3:26). Havendo restauração os pecados são apagados da memória de Deus (Hebreus 10:17). Com a remissão da pena, não apenas somos libertos da sujeição ao castigo, como também somos restaurados a uma posição de favor em relação a Deus. Transferência de um estado de alienação e hostilidade, para um estado para um estado de aceitação e favor (João 1:12).
3) Imputação da Justiça
Debitar a alguém (Filemom 18). O pecador precisa ser perdoado por seus pecados passados, mas também receber uma justiça positiva antes de poder ter comunhão com Deus. Esta necessidade é satisfeita com a imputação da Justiça de Cristo ao crente. Davi declara bem o homem a quem Deus não atribui iniqüidade (Salmos 32:1,2). Deus nos justifica, remindo nossa pena, restaurando o favor e imputando a Justiça de Cristo, independente de boas obras (Romanos 4:4-8/2Corintios 5:21). Cristo se tornou da parte de Deus Sabedoria e Justiça (1Corintios 1:30). A Justiça de Deus é revelada no evangelho de fé em fé (Romanos 1:17). A Justiça de Cristo é a veste nupcial que está pronta para todo aquele que aceita o convite para o banquete (Mateus 22:11,12 / Lucas 15:22-24). O padrão de Deus não baixa e não muda em nosso favor, é preciso aceitar, sem sombra de variações, o sacrifício de Cristo. E em conseqüência, crescer em santidade.

“Pois está escrito: sede santos, porque Eu Sou Santo.” (1Pedro 1:16)

Continua...

Anderson Luiz de Souza

BIBLIOGRAFIA:

1- PALESTRAS EM TEOLOGIA SISTEMÁTICA - Thiessen, Henry Clarence.
2- INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Erickson, Millard J.
3- BÍBLIA REVISTA E ATUALIZADA – Almeida, João Ferreira de.

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