domingo, 15 de janeiro de 2012

Será que resta algo, que ainda seja de bom proveito? (teria eu me tornado ateu?)



Faz muito tempo que vivo mergulhado na imensa e imunda hipocrisia humana, ah, como eu gosto dessa nojeira toda!
Como aprecio toda essa porcaria, que envolve os interesses mais mesquinhos; a falsidade; a mentira.

Já faz algum tempo que deixei de lado o sentimentalismo chorão; perdei a aquela doce ilusão de que o amor, sincero e puro, existe, afinal, não é isso que move a sociedade.

Como que se algum dia acreditei, deixei todas as crenças de lado, afinal, sou eu o próprio deus em essência, então, para que cultuar terceiros?  (será?)

Debochadamente, ouço aquelas frases montadas que, nem a interpretação o interlocutor sabe direito; vejo com ceticismo toda a falácia de bondade e misericórdia, já que a inveja sempre é a que prevalece.

O sinismo é a residência fixa de muitos, cujo endereço está no coração descompassado, famigerado e sanguinolento.

Pactos são desfeitos; laços esquecidos e, a vaidade toma forma descomunal, para quê?

A imbelicidade, quem sabe seja a nossa forma natural e, o destempero com o trato; a falta de respeito, travestida de amor sincero e verdadeiro, além da famosa, porém, nem tão sincera amizade, cultuada nos mais diversos sanctus sanctorum.

Bestifico-me entre as bestas, torno-me mais um podre na podridão, mas, sem perder a pose; sem deixar escapar das minhas lentes visuais a tola infantilidade do ser, que tem no seu propósito a missão de enganar e iludir, principalmente, a si próprio e, no final, pergunto-me curioso: Será que resta algo, que ainda seja de bom proveito?

Gê Vorib

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