A gula
é um dos pecados mais ignorados no meio evangélico. O “crente” comete este
pecado com a consciência limpa e tranquila. Simplesmente o ignora. Repreendem ferozmente
a quem fuma ou bebe sendo evangélico, mas, por algum motivo a gula é para o “crente”
um pecado bastante aceito e melhor, totalmente aceito. Interessante é que os mesmos motivos alegados
pelos “santos glutões” para condenar quem fuma e bebe como, por exemplo, a saúde
e o vício, são aplicáveis também a quem come exageradamente. É mais que sabido
que todo excesso é prejudicial à saúde e portanto, quem fuma exageradamente ou
bebe exageradamente ou ainda come exageradamente estão passíveis de danos
irreparáveis a saúde. Sendo assim eu pergunto que diferença há entre ser glutão
ou beber e fumar?
Ao que me parece a comida funciona como uma
válvula de escape (digo isto com base em não poucas pessoas que pude observar
este comportamento) em que o individuo (crente) que não bebe, não fuma e
frequentemente se abstêm dos prazeres que Deus em sua infinita sabedoria nos
proporcionou, em prol de uma santidade
que invariavelmente não os levará a lugar algum (como por exemplo se abster dos
prazeres sexuais), é acometido por uma ansiedade que o faz comer exageradamente
e mesmo tendo saciado sua fome, ainda continua com uma sensação de vazio e continua
comendo! É como se fosse um direito adquirido, pois, não fuma, não bebe, e não
faz um tanto de outras coisas, então exageram (e como exageram) na comida,
afinal, podem tudo naquele que os
fortalece.
Escrevendo aos filipenses, Paulo se refere
àqueles cujo “deus é o ventre” (cf. Fil. 3,19), isto é, o alimento. Apetites
físicos são uma analogia de nossa habilidade de nos controlar. Se somos
incapazes de controlar nossos hábitos em relação à comida, isso é uma indicação
de que provavelmente também somos incapazes de controlar outros hábitos, tais
como os da mente (cobiça, avareza, raiva), e somos incapazes de não fazer parte
de fofocas e conflitos. Não devemos deixar nossos apetites nos controlar, mas
devemos ter controle sobre nossos apetites (Leia Deuteronômio 21:20, Provérbios
23:2, 2 Pedro 1:5-7, 2 Timóteo 3:1-9 e 2 Coríntios 10:5). A habilidade de dizer
“não” a qualquer coisa em excesso – “autocontrole” — é um dos frutos do
Espírito que pertence a todos os Cristãos (Gálatas 5:22). Podemos comer e beber
com moderação e gosto, mas não podemos fazer da comida um meio só de prazer;
isso desvirtua a alimentação. Santo Agostinho dizia que temia não a impureza da
comida, mas a do apetite. Ele escreve uma página sábia sobre isso: “Vós me
ensinastes a ingerir os alimentos como se tratasse de remédios”. E o líder
pacifista indiano Gandhi afirmava que “a verdadeira felicidade é impossível sem
verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem o rigoroso controle da
gula. Todos os demais sentidos estarão, automaticamente, sujeitos ao controle
quando a gula estiver sob controle”.
Então meu conselho é que em tudo que formos
fazer (seja comer ou beber), sejamos moderados, pois tanto a comida (CLIQUE AQUI)
(E AQUI)
como a bebida ou ainda o cigarro fazem mau a nossa saúde. Não estou dando uma
de santinho, pois eu mesmo bebo, claro que com moderação assim também me
alimento com a mesma moderação! Sejamos prudentes.
Graça e Paz,
Anderson L. de Souza
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