Já disse o Ariovaldo Ramos que a Graça é
uma disposição no coração de Deus em nosso favor; não é uma pessoa, não é um
poder autônomo desvencilhado das outras características de Deus...
Já se imaginou nu diante de muitas pessoas?
Consegue sentir a tamanha timidez e falta de segurança que isto poderia causar
a qualquer pessoa de bom senso, a qualquer ser humano mediano? Bem, é mais ou
menos isso que a Graça gera na gente quando passamos a compreendê-la um pouco
melhor.
Não ter condição alguma de pagar o favor de
Deus, não dispor de nenhuma artimanha nem ter carta alguma na manga a fim de
poder tratar de igual pra igual, estar desprovido de qualquer corrimão quando
da subida que conduz ao trono celeste, é assim que podemos nos sentir ao
receber da Graça de Deus.
A nudez total revela nossa incapacidade de
alcançar o dom eterno por conta própria. E por estarmos nus, não podemos nem
blefar, não há aparências nem máscaras, não há onde esconder nossas mazelas, só
há a nudez pessoal, impotente; e nos encontramos frágeis como bebês diante do
poder de Deus.
Não há o que fazer, nosso poder de compra
não tem valor algum diante do Eterno, e isso traz um tipo de insegurança
maravilhosa; dá medo no início... a vontade de pagar pelas bênçãos é quase
incontrolável, mas daqui a pouco passamos a entender que para adentrarmos no
Reino necessitamos de abrir mão do “poder” de compra, inútil para este tipo de
bem! No Reino só recebe quem pede, todo favor é inegociável!
Só pode desfrutar verdadeiramente da Graça
quem já se desnudou de suas seguranças, só pode desfrutar verdadeiramente a
Graça quem abandonou as velhas vestes do mérito pessoal e se apossou das vestes
do amor. Somente quem já não necessita se defender, se justificar, pagar,
comprar, barganhar...
Quer provar da Graça?... Então, o que está
esperando? É só se desnudar!...
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