O Pr. Silas Malafaia, no programa da semana
passada (pois nessa semana ele está reprisando pela enésima vez a profetada
gospel do Morris Cerullo Link para a proefetada: http://www.youtube.com/watch?v=4V1hz68SXDI&feature=player_embedded rsrs ), incitou os sites e blogs apologéticos, que criticam
sua famigerada Teologia da Prosperidade, a postar o vídeo onde ele chama os
blogueiros de “filhos do diabo”.
Pois bem, Silas, abaixo está o vídeo.
Apesar de tristes por um pastor se deixar comprar pelos ensinos heréticos da
teologia da prosperidade, que nada têm a ver com o Evangelho puro e simples de
Jesus Cristo, ficamos felizes por saber que somos reconhecidos como diabos
(adversários) dos profetas de Mamom, dos fariseus pós-modernos, dos lobos que
ensinam as ovelhas a entesourarem na terra, a colocarem seus corações nas
bênçãos materiais, ao invés de buscarem unicamente, e sem maiores interesses, a
Jesus.
A Deus (ao verdadeiro!) seja toda a honra e
toda a glória para sempre.
Meu adendo: "Eu? filho do diabo? Silas 'MAU-FALAIA', rogue ao seu deus do dinheiro para que derrame todas formas de maldições conhecidas por voce seu pastorzinho de meia tigela! Cidadão honório do inferno! ainda hei de velo numa camisa de força"!
“Vós fazeis as obras de vosso pai.
Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é
Deus. Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me
amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me
enviou. Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha
palavra. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso
pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não
há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque
é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.”
– Jo 8.41-45
Realmente, em alguns pontos concordamos,
porém é preciso lembrar que dentro da tradição de Israel havia vários tipos de
profetas: os profetas pagos, aqueles que eram pagos para profetizar mentiras
direcionadas pelas vaidades dos reis de Israel; os falsos profetas, que surgiam
em meio ao povo com falsas profecias, para enganá-lo, porém sucumbiam com suas
próprias palavras; e o outro tipo eram os profetas do Deus Altíssimo, que
traziam as verdades de Deus, não importando o que isso lhes custaria.
Profetizavam contra os reis, contra a sociedade, muitos perdendo a vida, porém
significam a boca de Deus em meio ao povo.
Outro ponto é a questão de que Deus é juiz,
e é nesse ponto que devemos ter grande temor. Esse blog está firmado no
princípio de que Deus tudo vê e tudo sabe, e é Nele que confiamos como verdade
absoluta. Realmente, um dia todos nós seremos julgados diante do Trono Daquele
cujo nome é o único digno de louvor e glória, e é a isso que tememos.
Mateus 7 deixa claro que, na mesma medida
em que julgarmos, seremos julgados. Gálatas 6 também nos diz que de Deus não se
zomba, e que o homem colhe o que planta. Baseados nisso é que combatemos as
heresias e os falsos profetas de nossa época. Porém, jamais nos esquecemos de
que a Igreja de Cristo tem sua responsabilidade para com o mundo,
responsabilidade essa que tem sido negligenciada pelos pregadores da teologia
da prosperidade, teologia essa fundamentada em princípios puramente terrenos,
pois a prosperidade bíblica não compartilha com as vaidades humanas.
Prosperidade cristã é fundamentada em três
princípios:
1) responsabilidade social: é preciso que a
Igreja produza cristãos com uma fé cidadã, ou seja, uma fé que responda às
necessidades dos seres humanos no mundo, uma fé que enxergue a fome, a pobreza,
a destruição da vida pelas guerras, que reconheça a destruição do planeta e que
tenha, acima de tudo, o compromisso com a vida, a vida em abundância que Cristo
prometeu, não produzida para a vaidade, mas sim na essência do Evangelho, que é
o amor ao próximo, e isso vem totalmente contrário à teologia da prosperidade,
pois nela a verdadeira essência está no Eu, produzido na cegueira e na busca
desenfreada dos tesouros deste mundo;
2) responsabilidade com o Reino de Deus:
essa responsabilidade é de todos aqueles que reconhecem no mundo seu verdadeiro
papel como membros de uma Igreja, que deve responder ao clamor do mundo em suas
necessidades essenciais, que são salvação, libertação do pecado e transformação
do caráter de todo aquele e aquela que se coloca diante de Deus, e tem sua vida
transformada de dentro para fora, através do Evangelho de Cristo Jesus. Essa
transformação não é para os deleites, mas sim para que o Reino de Deus seja
estendido ao mundo, provocando nele transformações de vidas. Esse é o papel dos
políticos, dos professores, dos líderes, ou seja, de cada cristão: ser sal e
luz para o mundo que caminha em trevas;
3) responsabilidade com a verdadeira missão
da Igreja: amar os seres humanos como Deus nos amou, pois o texto áureo da
Bíblia nos diz que Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou Seu Filho para
que o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Essa é a mensagem
central do verdadeiro Evangelho de Cristo, e essa é a boa-nova da Igreja para o
mundo.
E essa é nossa bandeira, é a nossa teologia, que prega a soberania de
Deus, contrária e acima de toda vontade
humana. Podemos ser chamados de “filhos do diabo” ou até mesmo de “fariseus”,
como já fomos chamados por uma multidão na Marcha para Jesus de 2010, mas temos
a consciência de que lutamos contra a realidade do mundo, pois lutamos pela liberdade
moral, pois não somos escravos do pecado e nem escravos das leis humanas.
Sabemos que incomodamos, mas incomodamos
pois não somos levados por qualquer vento de doutrina. Não nos deixamos
sucumbir pelas vaidades do mundo, pelos tesouros dessa terra, motivados por
ouro e prata desse mundo. Não nos deixamos influenciar por jatinhos, carros
importados, roupas de grife, mansões e toda a pompa que os tesouros desse mundo
podem dar. Somos proclamadores da Igreja invisível de Cristo Jesus, que está
além dos tesouros dessa terra.
Somos a voz que clama no deserto, que clama
alto “raça de víboras, arrependei-vos, pois vos é chegado o Reino dos céus”.
Essa é a mensagem de todos e todas que crêem no Evangelho puro e simples.
Realmente, eu creio que o Justo Juiz
julgará a todos, e é nisso que meu coração crê, que muito em breve, todos e
todas daremos conta de cada palavra.
“… onde está o Espírito do Senhor, aí há
liberdade.” – 2 Co 3.17
Paulo Siqueira
fonte: pedras clamam
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