sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Magno Malta defende a 'entidade família', mas a sua está atolada em corrupção


Já ouviram falar no senador Magno Malta? Da tribuna do Senado costuma ser mais pirotécnico que o ex-senador Mão Santa, como se almejasse a vaga deixada pelo apresentador Datena recentemente na Tv Bandeirantes. Magno Malta (PR-ES) pertence a chamada bancada evangélica, cujo líder é o deputado fluminense Garotinho. Sua posição política frente aos movimentos sociais sempre pontuou pelo proselitismo religioso. É o perfeito exemplo da hipocrisia reinante entre os semeadores do ódio e do preconceito e totalmente incapaz de lidar com situações que vão de encontro aos seus preceitos enraizados e, naturalmente, retrógrados.

Recentemente o senador Magno Malta afirmou que abandonará o Legislativo (renunciará) se for aprovada a proposta que criminaliza a homofobia. "Se o projeto de lei 122, que excita a criação de um terceiro sexo, for aprovado, com dignidade de cristão, renuncio do mandato de senador", disse. Trata-se do PLC122 que você pode conferir aqui. http://andersonmineiro70.blogspot.com/2011/06/integra-do-pl-122.html

Malta é Presidente da 'Frente Parlamentar em Defesa da Família Brasileira'. A defesa da família até pode ser a brasileira, mas a família do senador... bom, a família do senador será definida com mais propriedade pelo amigo leitor.

O irmão de Magno Malta está no centro da corrupção no Ministério dos Transportes. Mauricio Pereira Malta é chefe da assessoria parlamentar da autarquia, como mostraram os principais jornais de Brasília durante a semana, e foi emplacado no cargo pelo senador Magno Malta. O parlamentar também indicou o titular da Diretoria de Infraestrutura Ferroviária (DIF), o delegado aposentado Geraldo Lourenço de Souza Neto. O Jornal Correio Braziliense apurou que a DIF é uma área de influência de Malta. No fim de 2009, conforme dados disponibilizados pelo Dnit em seu site, estavam em vigência contratos para obras ferroviárias no valor de R$ 258,9 milhões, todos no âmbito da DIF.

Na relação dos integrantes da diretoria-geral, o nome do irmão de Magno Malta é o quarto no organograma, atrás apenas do diretor-geral afastado, Luiz Antonio Pagot, da chefe de gabinete e do assessor do diretor.
Para ser coerente, Malta precisa assumir que a sua concepção de 'Defesa da Família Brasileira' inclui, além da defesa do ódio contra os homossexuais, a defesa da picaretagem e da corrupção. Digno seria se agora ele resolvesse renunciar, isto sim, com sua família prestes a sucumbir numa maré de ilicitudes.

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