Já ouviram falar no senador Magno Malta? Da
tribuna do Senado costuma ser mais pirotécnico que o ex-senador Mão Santa, como
se almejasse a vaga deixada pelo apresentador Datena recentemente na Tv
Bandeirantes. Magno Malta (PR-ES) pertence a chamada bancada evangélica, cujo
líder é o deputado fluminense Garotinho. Sua posição política frente aos
movimentos sociais sempre pontuou pelo proselitismo religioso. É o perfeito
exemplo da hipocrisia reinante entre os semeadores do ódio e do preconceito e
totalmente incapaz de lidar com situações que vão de encontro aos seus
preceitos enraizados e, naturalmente, retrógrados.
Recentemente o senador Magno Malta afirmou
que abandonará o Legislativo (renunciará) se for aprovada a proposta que
criminaliza a homofobia. "Se o projeto de lei 122, que excita a criação de
um terceiro sexo, for aprovado, com dignidade de cristão, renuncio do mandato
de senador", disse. Trata-se do PLC122 que você pode conferir aqui. http://andersonmineiro70.blogspot.com/2011/06/integra-do-pl-122.html
Malta é Presidente da 'Frente Parlamentar
em Defesa da Família Brasileira'. A defesa da família até pode ser a
brasileira, mas a família do senador... bom, a família do senador será definida
com mais propriedade pelo amigo leitor.
O irmão de Magno Malta está no centro da
corrupção no Ministério dos Transportes. Mauricio Pereira Malta é chefe da
assessoria parlamentar da autarquia, como mostraram os principais jornais de
Brasília durante a semana, e foi emplacado no cargo pelo senador Magno Malta. O
parlamentar também indicou o titular da Diretoria de Infraestrutura Ferroviária
(DIF), o delegado aposentado Geraldo Lourenço de Souza Neto. O Jornal Correio
Braziliense apurou que a DIF é uma área de influência de Malta. No fim de 2009,
conforme dados disponibilizados pelo Dnit em seu site, estavam em vigência
contratos para obras ferroviárias no valor de R$ 258,9 milhões, todos no âmbito
da DIF.
Na relação dos integrantes da
diretoria-geral, o nome do irmão de Magno Malta é o quarto no organograma,
atrás apenas do diretor-geral afastado, Luiz Antonio Pagot, da chefe de gabinete
e do assessor do diretor.
Para ser coerente, Malta precisa assumir
que a sua concepção de 'Defesa da Família Brasileira' inclui, além da defesa do
ódio contra os homossexuais, a defesa da picaretagem e da corrupção. Digno
seria se agora ele resolvesse renunciar, isto sim, com sua família prestes a
sucumbir numa maré de ilicitudes.
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