O processo de “des-religiosamento”!
O processo da descrença ou do dês-religiosamento, ocorre em todo homem ou mulher, que um dia resolve se arriscar corajosamente a olhar por cima da cerca religiosa que a prende e impede de saber que o seu quintal não é o único a ter grama verde, que existem outros mundos além do seu.
Porém, este processo não acontece da noite para o dia, mas pelo contrario, são anos de um processo lento e até muitas vezes demorado, de desconstrução daquilo que um dia se acreditou como verdade única e absoluta.
E, esse mesmo processo de dês-religiosamento, passa por 5 fases distintas e ordenadas, porém interligadas, onde o sujeito religioso mesmo se vendo como um mesmo ser, só que vivendo de maneiras diferentes em diferentes realidades.
São elas:
1- Confrontação (ou questionamento)
Esta primeira fase é a mais importante, pois será a mola propulsora que realizará concretamente o processo de dês-religiosamento, pois sempre o aprender e decorar idéias serão muito mais fácies do que propriamente se desfazer dessas mesmas idéias.
Ele passa a ver que a realidade vivida por ele é diferente da crida através de sua crença, onde não mais aceita explicações infantis e ilusórios dos porquês de tantas contradições entre sua crença e o mundo onde ele vive, sente, respira e vê.
Além do mais, só percebe o quanto sua crença é boba e infantil quando olha para a crença do outro religioso, que assim como ele, pensa que a única verdadeira e a sua, e que as demais são todas enganosas e falsas.
Mais isto não ocorre por acaso, nem cai do céu, ou simplesmente o sujeito dormiu crente e acordou no outro dia cético, mas antes, se dá no individuo que sente que as verdades de sua crença são muito pequenas e insatisfatórias para o tamanho de sua mente questionadora e pensante, e para um universo infinito de possibilidades lógicas e argumentativas.
2- Negação (ou fuga)
É o estagio onde a pessoa mais sofre, onde ela literalmente agoniza, porém, isto também dependerá e muito do grau de devoção que ela se entregou a religião e seus mecanismos, e de sua estrutura emocional, psíquica, social e biológica.
Nessa fase também é onde o sujeito religioso mais se vê confuso, ora desacreditando na sua crença, ora reafirmando a mesma, mas sempre desejando em seu coração que ela seja verdade ou que o conhecimento para qual a sua mente despertou, tivesse continuado adormecido.
Essa fase é a mais decisiva de todas, onde a pessoa escolhe continuar mantendo os passos firmes, rumo ao total dês-religiosamento, ou, simplesmente fecha seus olhas para a realidade negando tudo que ouviu, viu e pensou até aquele momento, se lançando no abismo escuro da fé.
3- Revolta (ou depressão)
Esta fase só pode realmente passar por ela que já viveu e ultrapassou as primeiras fases básicas do processo de dês-religiosamento.
O sujeito antes religioso, já nesta fase não acredita mais em nada ou quase nada de sua antes fé e religiosidade, passando agora a viver uma vida muito perigosa, pois poderá se entregar da mesma forma que outrora tinha se entregado para a religião, só que agora, para os vícios deste mundo.
Portanto, é a face que se tem que tomar maior cuidado, pois a pessoa pode acabar se autodestruindo e até mesmo prejudicando as outras pessoas que nada tiveram haver com sua então crida e fanática vida de religiosa.
Mas também é a fase de maior tristeza, podendo se chegar até na depressão, pois passará a descrer que sua vida tinha um propósito já determinado por Deus, entrando no vazio da existência, onde se entregará aos vícios que o desejo de preencher o vazio e a falta de sentido deixado pela religião lhe trouxe.
4- Conformismo (ou aceitação)
É a fase que o sujeito cansado de brigar contra Deus e o mundo, religião e fé, chegará, pois não verá outra alternativa se não aceitar o fato de que as crenças são invenções humanas, onde até Deus é uma possibilidade e não uma certeza como antes suponha e cria.
5- Maturidade (ou responsabilidade)
É a última fase, que o tempo para se chegar dependerá do tempo de digestão de cada sujeito religioso.
Passará a viver a vida pelo fato de viver, já que aqui venho, sem pedir ou escolher para nascer, tentará viver a sua vida da melhor maneira possível, tentando também fazer da vida das pessoas que amam, uma vida igualmente boa.
Só pode chegar nesta fase quem já passou pela crise existencial religiosa, pois esta, não é somente uma crise como todos os seres humanos passam, mas uma crise que somente o religioso de verdade, aquele que se entregou de corpo e alma para a religião, experimenta e vive.
Portanto, só poderá dizer “Deus não existe” ou “toda religião é ilusão e infantilidade” quem uma vez já disse “Deus existe” e “minha religião é única e verdadeira”!
Por: Marcio Alves
Observação: Texto escrito e embasado não em livros produzidos por pensadores de escrivaninhas, mas baseado na própria experiência do autor e da observação cuidadosa e analítica que ele teve sobre outras pessoas e até amigos, igualmente religiosas que passaram pelas mesmas fases, diferenciando apenas, na reação de cada um.
Porém, este processo não acontece da noite para o dia, mas pelo contrario, são anos de um processo lento e até muitas vezes demorado, de desconstrução daquilo que um dia se acreditou como verdade única e absoluta.
E, esse mesmo processo de dês-religiosamento, passa por 5 fases distintas e ordenadas, porém interligadas, onde o sujeito religioso mesmo se vendo como um mesmo ser, só que vivendo de maneiras diferentes em diferentes realidades.
São elas:
1- Confrontação (ou questionamento)
Esta primeira fase é a mais importante, pois será a mola propulsora que realizará concretamente o processo de dês-religiosamento, pois sempre o aprender e decorar idéias serão muito mais fácies do que propriamente se desfazer dessas mesmas idéias.
Ele passa a ver que a realidade vivida por ele é diferente da crida através de sua crença, onde não mais aceita explicações infantis e ilusórios dos porquês de tantas contradições entre sua crença e o mundo onde ele vive, sente, respira e vê.
Além do mais, só percebe o quanto sua crença é boba e infantil quando olha para a crença do outro religioso, que assim como ele, pensa que a única verdadeira e a sua, e que as demais são todas enganosas e falsas.
Mais isto não ocorre por acaso, nem cai do céu, ou simplesmente o sujeito dormiu crente e acordou no outro dia cético, mas antes, se dá no individuo que sente que as verdades de sua crença são muito pequenas e insatisfatórias para o tamanho de sua mente questionadora e pensante, e para um universo infinito de possibilidades lógicas e argumentativas.
2- Negação (ou fuga)
É o estagio onde a pessoa mais sofre, onde ela literalmente agoniza, porém, isto também dependerá e muito do grau de devoção que ela se entregou a religião e seus mecanismos, e de sua estrutura emocional, psíquica, social e biológica.
Nessa fase também é onde o sujeito religioso mais se vê confuso, ora desacreditando na sua crença, ora reafirmando a mesma, mas sempre desejando em seu coração que ela seja verdade ou que o conhecimento para qual a sua mente despertou, tivesse continuado adormecido.
Essa fase é a mais decisiva de todas, onde a pessoa escolhe continuar mantendo os passos firmes, rumo ao total dês-religiosamento, ou, simplesmente fecha seus olhas para a realidade negando tudo que ouviu, viu e pensou até aquele momento, se lançando no abismo escuro da fé.
3- Revolta (ou depressão)
Esta fase só pode realmente passar por ela que já viveu e ultrapassou as primeiras fases básicas do processo de dês-religiosamento.
O sujeito antes religioso, já nesta fase não acredita mais em nada ou quase nada de sua antes fé e religiosidade, passando agora a viver uma vida muito perigosa, pois poderá se entregar da mesma forma que outrora tinha se entregado para a religião, só que agora, para os vícios deste mundo.
Portanto, é a face que se tem que tomar maior cuidado, pois a pessoa pode acabar se autodestruindo e até mesmo prejudicando as outras pessoas que nada tiveram haver com sua então crida e fanática vida de religiosa.
Mas também é a fase de maior tristeza, podendo se chegar até na depressão, pois passará a descrer que sua vida tinha um propósito já determinado por Deus, entrando no vazio da existência, onde se entregará aos vícios que o desejo de preencher o vazio e a falta de sentido deixado pela religião lhe trouxe.
4- Conformismo (ou aceitação)
É a fase que o sujeito cansado de brigar contra Deus e o mundo, religião e fé, chegará, pois não verá outra alternativa se não aceitar o fato de que as crenças são invenções humanas, onde até Deus é uma possibilidade e não uma certeza como antes suponha e cria.
5- Maturidade (ou responsabilidade)
É a última fase, que o tempo para se chegar dependerá do tempo de digestão de cada sujeito religioso.
Passará a viver a vida pelo fato de viver, já que aqui venho, sem pedir ou escolher para nascer, tentará viver a sua vida da melhor maneira possível, tentando também fazer da vida das pessoas que amam, uma vida igualmente boa.
Só pode chegar nesta fase quem já passou pela crise existencial religiosa, pois esta, não é somente uma crise como todos os seres humanos passam, mas uma crise que somente o religioso de verdade, aquele que se entregou de corpo e alma para a religião, experimenta e vive.
Portanto, só poderá dizer “Deus não existe” ou “toda religião é ilusão e infantilidade” quem uma vez já disse “Deus existe” e “minha religião é única e verdadeira”!
Por: Marcio Alves
Observação: Texto escrito e embasado não em livros produzidos por pensadores de escrivaninhas, mas baseado na própria experiência do autor e da observação cuidadosa e analítica que ele teve sobre outras pessoas e até amigos, igualmente religiosas que passaram pelas mesmas fases, diferenciando apenas, na reação de cada um.
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