domingo, 28 de agosto de 2011

Fugindo do farisaísmo


Fugindo do farisaísmo
Ricardo Gondim 

“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas. Guias de cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo”. (Mateus 23.23)

Muitas vezes nos tornamos tão obcecados com os detalhes que perdemos de vista o todo. Entre os muitos problemas que o farisaísmo enfrentava nos dias de Cristo, perderam a noção do porquê do serviço a Deus. Aonde queremos chegar com as nossas práticas religiosas? Qual o sentido disso tudo? Seriam algumas perguntas que eles poderiam fazer, para não permitirem que a religião se tornasse tão sem propósito.

Esse mal continua rondando os religiosos. Eles vão se especializando em pequenos detalhes, os pormenores vão exigindo mais e mais tempo até que chega um ponto em que o rumo torna-se obscuro. Quando se perde o nexo, as cerimônias transformam-se em cerimonialismo, as leis em legalismo, as tradições em tradicionalismo. O ambiente religioso torna-se asfixiante e os meios mais importantes que os fins.

O fim de tudo o que se faz na igreja deve levar as pessoas a amarem a Deus. As organizações religiosas, os sistemas institucionais e toda ambiência comunitária não podem deixar de facilitar nossa intimidade com Ele. As igrejas devem ser lugar de águas para os que têm sede de Deus; lugar de pão para os que estão com fome espiritual; lugar de misericórdia para os que carregam culpas; lugar de afetos para os que se sentem órfãos; lugar de cuidado para os que se sentem ovelhas necessitando de pastor. Só se alcança esse objetivo amando a Deus e só assim fugimos do farisaísmo e nos tornamos expressão do seu amor.

Soli  Deo Gloria

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