Trespasso minha alma iludida
Solto-a em busca do compasso
Nesse meu descompasso de vida
ás vezes perco o laço, traço, o passo...
Sem medir a ânsia de compasso
nessa tão descompassada vida,
tento arrumar o descompasso
ao perpassar essa louca lida.
No compasso dos meus passos,
busco passo no traçado do tempo.
No lento passo a passo, ainda assim, passo.
Quisera achar o tom no descompasso.
Oh! Trago minha alma ferida, sofrida!
Tão desmedida, inquieta, anda perdida.
Busca, almeja, deseja encontrar guarida!
A harmonia para o concerto da vida
só faz compasso, pacto,
se for feito no passo a passo.
Maria Edilia Maia de Moraes, pernambucana do Recife, radicada em Fortaleza-CE
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